Ibovespa fecha em alta, aos 112 mil pontos; Vale (VALE3) recua e Petrobras (PETR4) sobe
O Ibovespa fechou em alta de 0,12% aos 112.696 pontos nesta segunda-feira (5), depois de abrir no positivo.
Na ponta positiva do índice, a CVC (CVCB3) subiu mais de 11% após novas movimentações no comando da empresa e a promessa de um aporte milionário por parte do fundador. Já na ponta negativa do Ibovespa hoje fica a Eneva (ENEV3), que recuou 3,44%.
Apesar da alta do minério, a Vale (VALE3) caiu 0,9% e limitou a alta do Ibovespa, que fechou em alta de 0,12%. A Petrobras (PETR4) subiu 1,03%.
Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em alta, porém, reduziram os fortes ganhos registrados nesta segunda-feira, 5, após a Arábia Saudita anunciar cortes voluntários adicionais em sua produção do óleo. Investidores digerem as divergências entre membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e incertezas do cenário econômico global.
O contrato do WTI para julho fechou em alta de 0,57% (US$ 0,41) a US$ 72,15 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 0,76% (US$ 0,58), a US$ 76,71 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Nas bolsas mundiais, alta de 0,12% no S&P e queda de 0,06% no Dow Jones durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).
Na Europa, alta de 0,07% em Frankfurt (DAX) e de 0,5% em Londres (FTSE). Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,02%.
Nas commodities, o petróleo Brent sobe mais de 2% após cortes na produção anunciados na véspera.
Enquanto isso, o minério de ferro sobe 2,15% a US$ 106,55 em Dalian, com o mercado ainda tendo expectativas sobre novos estímulos econômicos por parte do governo chinês.
No radar de indicadores, os PMIs do Reino Unido vieram acima das expectativas. No mercado doméstico, mais uma vez as projeções do IPCA para este ano foram derrubadas pelo Focus.
Vale destacar que ainda nesta semana, na quarta (7), será divulgado o indicador oficial de inflação.
Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje
- CVC (CVCB3) elege Fabio Godinho como novo CEO e confirma aporte milionário
- Petróleo sobe com corte da Arábia Saudita
- Projeção do IPCA é cortada pela 3ª semana consecutiva, aponta Boletim Focus
CVC no radar
Nove dias após anunciar a saída de Leonel Andrade no comando da empresa, a CVC (CVCB3) tem um novo CEO.
O Conselho de Administração elegeu o executivo Fabio Martinelli Godinho para ocupar o principal cargo da companhia, segundo informa Fato Relevante publicado na noite da sexta (2). A operadora confirmou que terá aporte de R$ 75 milhões do fundador da CVC, Guilherme Paulus.
O documento explica que o fundador da CVC – dono da gestora GJP – deve alocar essa quantia com a interveniência de fundos de investimento geridos pelo Opportunity em uma possível oferta de ações.
O investimento de Paulus deverá corresponder a até R$ 3 por ação e Paulus não participará, direta ou indiretamente, do procedimento de bookbuilding.
A oferta deverá ser efetivada em até 60 dias, em mercado de balcão não organizado, com possibilidade de esforços de colocação no exterior.
O valor bruto da oferta será de, no mínimo, R$ 200 milhões, com potencial de captação adicional de, no mínimo, R$ 100 milhões.
Nesta sexta, em comunicado ao mercado antes da abertura do pregão, a CVC já havia se manifestado a respeito da oferta, após matéria publicada pelo Brazil Journal na última quinta-feira (1º). A reportagem dizia que a empresa estaria negociando com Paulus um aumento de capital de cerca de R$ 300 milhões.
Petróleo amanhece em alta
Os contratos do petróleo Brent operam em alta de 2,5% a US$ 78,05 na manhã desta segunda-feira (5) após o anúncio de um novo corte na oferta da commodity.
O corte na produção de petróleo foi anunciado na véspera pela Arábia Saudita. Trata-se de uma redução de 1 milhão de barris ao dia, que passará a vigorar no mês de julho.
O ministro de Energia da nação, o príncipe Abdulaziz bin Salman Al-Saud, havia se comprometido em reduzir a produção de 10 milhões de barris ao dia para 9 milhões de barris ao dia – configurando o maior corte da Arábia Saudita em anos.
Após a decisão, o UBS destacou que o novo corte não afeta as projeções da casa, que miram US$ 95 para o fim do ano.
“Apesar da tênue reação do mercado, acreditamos que essa é uma decisão muito otimista. O corte saudita de 1 milhão de barris em julho pode ser estendido, se necessário, e o tom da coletiva de imprensa sugeriu união dos produtores. Acreditamos que a demanda por petróleo continua sólida e que os cortes voluntários na produção fortalecerão o mercado durante o segundo semestre do ano”, diz a casa.
As ações vinculadas à commodity que integram o Ibovespa não demonstram forte oscilação por conta da mudança.
Os papéis da Petrobras (PETR4), por exemplo, sobem cerca de 1,1% no intradia.
Mercado Financeiro segue prevendo IPCA menor
Pela terceira semana consecutiva, as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, foram cortadas pelos economistas do mercado financeiro.
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (5), a estimativa atual é de 5,69% de IPCA, ante 5,71% vistos na semana anterior e 6,02% vistos há quatro semanas.
A queda tem sido paulatina desde a redução substancial de 6% para 5,8%, na semana em que foram alterados os preços da gasolina – impactando a parte de preços administrados do índice, e consequentemente o índice em si.
- IPCA: a projeção caiu para 5,69%
- PIB: a projeção aumentou para 1,68%
- Dólar: a previsão do câmbio caiu para R$ 5,10
- Taxa Selic: a previsão segue em 12,50%
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu para US$ 59,75 bilhões
- Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
- Dívida do Setor Público: a previsão caiu para 60,70% PIB
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (2) em alta de 1,80%, aos 112.558 pontos.
