Ibovespa recua para os 108 mil pontos, com queda da Vale (VALE3) e temores externos; veja fechamento do dia

O Ibovespa terminou o pregão desta quarta (24) em queda de 1,03%, aos 108.799,54 pontos. Nas últimas horas, o volume financeiro na Bolsa brasileira foi de R$ 23 bilhões. Mesmo com a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara, o temor do mercado com eventos externos e a queda do minério de ferro, que tem impacto direto na Vale (VALE3), prejudicaram a performance do principal índice da Bolsa.

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“A aprovação do arcabouço fiscal ajudou a fazer a curva de juros recuar hoje com uma certa calma dos ânimos, mas não foi suficiente para impulsionar o Ibovespa para cima por conta de preocupações no exterior como o aumento do teto da dívida americana, inflação acima do esperado no Reino Unido e possível nova onda de Covid na China, que trazem pessimismo para a bolsa”, opinou Fabio Louzada, economista e fundador da Eu Me Banco.

Um dos principais motivos para a queda do Ibovespa hoje é o recuo das ações da Vale — a mineradora é a empresa de maior peso no índice, responsável por 13,90% desta carteira.

Na contramão deste movimento, as ações da Petrobras (PETR4) subiram por causa da alta das cotações do petróleo no exterior. “O alerta da Arábia Saudita sobre problema para vendedores a descoberto continua pesando no mercado e o receio é que a Opep+ possa reduzir ainda mais a produção na próxima reunião de junho”, detalhou Louzada.

O dólar à vista chegou ao fim do pregão em queda de 0,37%, aos R$ 4,9540. Enquanto isso, os principais índices das Bolsas dos Estados Unidos da seguinte forma:

  • Dow Jones: perda de 0,77%, aos 32.800,38 pontos;
  • S&P 500: queda de 0,73%, aos 4.115,33 pontos;
  • Nasdaq: recuo de 0,61%, aos 12.484,16 pontos;

Louzada explica que os investidores seguem de olho no exterior, principalmente devido à fala de Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. O líder político disse que os democratas e republicanos não estão “nem perto de um acordo”. “Isso trouxe um clima de imprevisibilidade ainda maior e um clima negativo para as bolsas americanas“, destacou o economista.

“Com isso, os juros dos Treasuries continuam subindo justamente pelo receio dos investidores com o risco de default no país. A ata do FOMC divulgada hoje também mostrou que os juros devem cair apenas no ano que vem, o que surpreendeu o mercado, que esperava por uma possível queda ainda nesse ano”, ressaltou.

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Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje

Uma das principais altas do Ibovespa hoje é a Braskem (BRKM5). A empresa terminou o dia com uma elevação dos seus papéis superior a 2%, após o Citi elevar o preço-alvo da ação de R$ 26 para R$ 29, com recomendação de “compra”.

No lado das quedas, os frigoríficos seguiram tendo um dia difícil por causa do estado de emergência zoossanitária no Brasil por causa dos casos de gripe aviária. BRF (BRFS3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) foram algumas das impactadas por este movimento.

Confira as maiores altas e baixas do Ibovespa hoje:

Ibovespa hoje: Veja a cotação desta quarta (24)

O pregão do Ibovespa desta quarta (24) terminou em queda de 1,03%, aos 108.799,54 pontos.

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Erick Matheus Nery

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