O Ibovespa abriu em baixa nesta sexta-feira (6), com os mercados internacionais corrigindo parte do forte rali desta semana. O maior índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subiu mais de 7% em três pregões nesta semana, iniciando novembro com o pé direito.
A cotação do Ibovespa, por volta das 10h35, recuava 0,46%, para 100.287 pontos. As bolsas mundias operam no vermelho nesta sexta-feira, com a proximidade do encerramento das eleições presidenciais nos Estados Unidos. O mercado teve um alívio nesta semana com a indicação de que o Congresso norte-americano permanecerá dividido entre os partidos Democrata e Republicano.
A blue wave, ou “onda azul” dos democratas, que viria com a vitória do candidato Joe Biden junto ao domínio do Senado e da Câmara, não se concretizou. Isso animou os investidores com as big techs, já que o aumento de impostos sobre grandes companhias, proposto pelo democrata, pode ser bloqueado no Congresso. A Nasdaq, bolsa de tecnologia norte-americana, subiu quase 10% nesta semana.
No início da manhã desta sexta-feira, Biden ultrapassou o presidente Donald Trump na contagem de votos no estado da Georgia, que contempla 16 votos eleitorais. A diferença é de aproximadamente 1 mil votos. A diferença entre os candidatos também foi encurtada na Pensilvânia, com Biden se aproximando do primeiro lugar.
O democrata possui 264 votos eleitorais, enquanto Trump permanece com 214 — são necessários 270 para vencer a disputa. O mercado também segue no aguardo do resultado das votações em Nevada, estado que conta com 6 votos eleitorais, onde Biden lidera. Caso a vitória seja confirmada em Nevada, ele será eleito o 46º presidente dos Estados Unidos, mesmo que perca nos demais estados ainda em aberto.
O avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) continua a preocupar no Hemisfério Norte. Os Estados Unidos se tornaram o primeiro país a superar 100 mil infecções em apenas um dia. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que o avanço da pandemia é um risco para a recuperação econômica do país. Na última quinta-feira, a autoridade monetária estadunidense manteve a política monetária, e aguarda novos estímulos fiscais.
Por aqui, chama atenção a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. O indicador subiu 0,86% em outubro, após ter avançado 0,64% em setembro. Trata-se do maior resultado para o mês desde 2002, quando o indicador foi de 1,31%.
No ano, a inflação acumula alta de 2,22% e em 12 meses atingiu 3,92%, acima dos 3,14%. O aumento de preços permanece em constante aceleração, após as altas de agosto (+0,24%) e setembro. As taxas de juros futuras operam em alta.
No Congresso brasileiro, tem sido discutido o status do auxílio emergencial, conhecido como coronavoucher. De acordo com O Estado de S.Paulo, uma das propostas defendidas entre os parlamentares é a concessão de mais duas parcelas do auxílio por meio de uma Medida Provisória (MP).
O Congresso e o governo vêm estudando a possibilidade de levantar um programa de transferência de renda mais amplo do que o Bolsa Família. No entanto, ainda não foi encontrada uma solução para viabilizar o programa sem furar o teto de gastos.
Mercados internacionais
Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,57%
- Londres (FTSE 100): +0,10%
- Frankfurt (DAX 30): -1,02%
- Paris (CAC 40): -0,92%
- Milão (FTSE/MIB): -0,37%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,06% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,24% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,91% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta-feira com uma alta de 2,95%, a 100.750,859 pontos.
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