Ibovespa alcança novo recorde e avança 0,64%; O que impulsionou o índice hoje?
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O Ibovespa renovou as máximas históricas nesta quinta-feira (11), fechando em alta de 0,64%, aos 143.261,61 pontos, após testar os 144.012 pontos no melhor momento da sessão. Esse desempenho foi sustentado pelas expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos, que foram reforçadas pela divulgação de dados econômicos, como o índice de preços ao consumidor (CPI), que superou as previsões do mercado. Ao mesmo tempo, os pedidos de seguro-desemprego mostraram que o mercado de trabalho nos EUA está mais enfraquecido, o que leva os investidores a acreditarem que o Federal Reserve pode reduzir sua taxa de juros mais cedo do que se esperava.

O volume financeiro do dia foi de R$ 22,8 bilhões antes dos ajustes finais, com destaque para as ações de bancos, que lideraram os ganhos no índice. Na mínima, o Ibovespa marcou 142.349 pontos, mas a tendência foi positiva durante a maior parte da sessão.
Análise do impacto dos dados econômicos no mercado
Com a divulgação do CPI, o mercado reagiu positivamente à ideia de que os cortes de juros nos EUA podem ser antecipados, o que impulsionou os mercados emergentes, como o Brasil. Gabriel Mollo, analista da Daycoval Corretora, comentou que o aumento nos pedidos de seguro-desemprego foi um fator importante. O número veio bem acima das expectativas (263 mil contra 231 mil projetados), o que sugere um enfraquecimento no mercado de trabalho. Esse cenário é favorável para a expectativa de cortes de juros por parte do Fed. Segundo ele, esse enfraquecimento no emprego pode levar a até três cortes de 25 pontos base na taxa de juros americana ainda este ano.
Além disso, a queda nas taxas de juros futuras, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, impulsionou o apetite por risco. Esse cenário foi particularmente benéfico para ações de consumo e para os bancos, que se beneficiam da expectativa de um custo de capital mais baixo. Anderson Silva, head da mesa de renda variável da GT Capital, observa que a valorização do Ibovespa foi principalmente impulsionada pela perspectiva de que o Federal Reserve agirá para sustentar a economia, o que torna ativos de risco, como ações brasileiras, mais atrativos.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial fechou em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,39, após os dados do CPI e os números do mercado de trabalho nos Estados Unidos impactarem a percepção sobre a economia global. Esse movimento também refletiu a expectativa de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, o que tende a favorecer ativos de risco e diminui a atratividade do dólar. Durante o pregão, o dólar variou entre a mínima de R$ 5,37 e a máxima de R$ 5,42.
Já as bolsas americanas fecharam em leve queda, apesar dos dados econômicos que apontam para uma pressão inflacionária maior do que o esperado. Mesmo com a inflação mais alta, o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego sugeriu um mercado de trabalho mais frágil, o que continua a reforçar a expectativa de cortes de juros nos próximos meses.
- S&P 500: US$ 4.384,60 (-0,33%)
- Dow Jones: US$ 34.270,15 (-0,20%)
- Nasdaq: US$ 14.276,23 (-0,42%)
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (10), em alta encerrando o pregão aos 142.386,84 pontos.