Balanços da semana

BRF (BRFS3) lidera baixas do Ibovespa; confira as 5 maiores quedas em abril

Apesar do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrar o mês de abril com um desempenho positivo acumulado de 3%, algumas das principais empresas listadas no Ibovespa registraram desvalorização em suas ações.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

O índice Ibovespa mede o andamento das ações mais líquidas. No total, fazem parte do principal índice da B3 80 ativos de 82 companhias. A metodologia do indicador é definida pela própria B3 através de uma carteira teórica de ações, cuja composição é modificada periodicamente.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Vídeo Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do Ibovespa que desvalorizaram no mês de abril.

Veja as ações que mais caíram no mês passado:

1º BRF

Em primeiro lugar da lista de ações mais desvalorizadas do Ibovespa se encontra a BRF. No último pregão do mês de março, dia 31, os papéis estavam negociados a R$ 25,03. No entanto, no dia 30 de abril, as ações fecharam a R$ 20,79. Com isso, a companhia viu seus papéis desvalorizarem 17,57%.

A exportadora sofreu com uma pressão de curto prazo com a valorização do real frente ao dólar e um impacto do custo maior das commodities agrícolas. Segundo a avaliação do Bank of America, os preços da soja e do milho estão em alta de 12% e 27% em dólar, respectivamente. Trata-se do nível mais alto desde 2013.

Com isso, a instituição financeira decidiu corta o preço-alvo da companhia, ou seja, reduziu de R$ 38 para R$ 35. Mas a recomendação de compra foi mantida.

2º Copel

A Copel ocupa o terceiro lugar de ação mais desvalorizada no mês. Os papéis da empresa foram negociados no último pregão de março R$ 7,18, por sua vez, em 30 de abril ficaram cotados a R$ 6,26. Dessa forma, no quarto mês do ano as ações da companhia desvalorizaram 13,30%.

Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicou que pretende implementar um aumento médio de 9,67% nas tarifas cobradas pela Copel Distribuição. Inicialmente, porém, os cálculos eram de que o aumento seria de 16,6% neste ano. A diferença foi um dos fatores que impulsionaram  a companhia a ser a pior queda do Ibovespa no mês.

3º Eneva

A Eneva se encontra em quarto lugar de ativos mais desvalorizados do Ibovespa. Em 31 de março, as ações eram negociadas a R$ 16,75, por sua vez, no último pregão de abril, os papéis encerraram cotados a R$ 14,67. Com isso, as ações apresentaram uma desvalorização de 12,16%.

A queda nos papéis se intensificaram após a notícia de que o BTG Pactual (BPAC11) estaria negociando a venda de 10% da fatia de 22,89% da Eneva, em um bloco equivalente a  R$ 500 milhões, conforme noticio o portal Brazil Jornal.

Segundo a publicação, o banco tem uma posição de R$ 4,8 bilhões e é o maior investidor da empresa, ao lado da Cambuchy, o escritório de investimentos da família Moreira Salles.  O BTG aceitaria um preço de R$ 17,25, mas as ofertas recebidas estariam por volta de R$ 16,80.

4º Qualicorp

Em segundo lugar das ações mais desvalorizadas do Ibovespa está a Qualicorp. O papel da empresa encerrou o último pregão de março negociado a R$ 30,36. Já no último dia de negociação de abril o papel finalizou  pregão cotado a R$ 27,05. Com essa variação, os papéis da companhia apresentaram uma desvalorização de 11,33%.

Em um mês ruim para a empresa, abril terminou com a solicitação do Procon de que os planos de saúde forneçam mais informações aos consumidores. A medida tem por objetivo recolher informações mais precisas sobre o impacto da queda de sinistralidade 2020 nos reajustes de alguns planos coletivos de 2021. A ação do Procon envolve o pagamento de R$ 10 milhões de cada companhia, entre elas está a Qualicorp.

5º BB Seguridade

O BB Seguridade está em quinto e último lugar do ranking de cinco ações mais desvalorizadas do Ibovespa em abril. A seguradora encerrou o último pregão de março a R$ 24,27 e, na sexta-feira (30), fechou a R$ 22,33. Dessa forma, a instituição viu seus papéis despencarem 7,92%.

O motivo pela queda foi a abertura de capital (IPO, em inglês) da Caixa Seguridade (CXSE3). A entrada da Caixa no mercado se tornou mais opção de investir em seguradora. O IPO movimentou R$ 5 bilhões.

Investir em ações do Ibovespa

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir no Ibovespa e nunca se endividar para investir ou investir endividado.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião