BNDES fará follow on para vender participação na Copel (CPLE6), diz jornal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através do seu braço de participações, o BNDESPar, definiu junto com o governo do Paraná como realizará a venda da fatia de 50% de sua participação na Companhia Paranaense de Energia, a Copel (CPLE6). As informações são do Valor Econômico.

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A intenção é realizar uma oferta subsequente de ações (follow on), com o BNDES levantando cerca de R$ 2 bilhões. O banco possui 23,97% do capital da companhia e deve, após o processo, ficar com cerca de 12% – isso se não houver a diluição da participação, uma vez que a Copel cogita angariar R$ 1 bilhão com a emissão de novas ações unitárias.

O BNDES vem, já há algum tempo, realizando esses processos de desinvestimentos. A instituição já vendeu fatias em companhias como a Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Suzano (SUZB3), levantando cerca de R$ 65 bilhões, com ao menos outros R$ 12 bilhões indo para o caixa do Tesouro Nacional. A venda da Copel vem para ajudar o BNDES a alcançar a meta de desinvestir R$ 90 bilhões até 2022.

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A operação da Copel é a mais adiantada entre os demais processos de desinvestimento em andamento. O BNDES trabalha em conjunto com o governo do Paraná, controlador da companhia com 31,1% do capital e que também pretende vender uma fatia de sua participação, sem, porém, perder o controle da estatal.

Os dois acionistas já teriam contratado um sindicato de bancos para assessorar a operação, com a precificação marcada para acontecer na segunda quinzena de maio e a finalização em junho. O governo do Paraná, segundo comentários, espera conseguir um preço mínimo de R$ 73 por papel.

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Copel pode migrar de nível de governança

A oferta subsequente pode ajudar a consolidar o plano da empresa de energia elétrica de migração do segmento de governança do Nível 1 para o Nível 2 da B3 (B3SA3). O governo do Paraná havia colocado a venda da fatia do BNDES como  requisito para apoiar a mudança.

A Copel vem tendo avanços na governança corporativa e a mudança de nível seria vista como uma coroação da iniciativa. Em janeiro, por exemplo, a companhia desenvolveu um novo estatuto que prevê políticas como a aplicação integral dos reajustes tarifários aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e também uma distribuição de dividendos mais previsível e transparente.

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Vitor Azevedo

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