Haddad e Marina Silva vão representar o Brasil no Fórum Econômico Mundial

O governo brasileiro enviará os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial. O evento será realizado entre os dias 16 e 20 de janeiro, em Davos, na Suíça. Ambos embarcam para a Europa neste fim de semana.

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O tema desse ano do Fórum de Davos é cooperação em um mundo fragmentado. O encontro deve reunir 2,7 mil líderes internacionais de 130 países. São esperados também 52 chefes de Estado e de governo.

O presidente Lula decidiu não participar do encontro este ano, e já tem a primeira viagem internacional à Argentina confirmada para os dias 23 e 24.

Além de líderes e representantes de governo, o Fórum Econômico Mundial reúne CEOs de grandes empresas, investidores e outros agentes econômicos.

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Segundo o Ministério da Fazenda, que não divulgou detalhes sobre a agenda de encontros bilaterais de Haddad, o foco da participação é enviar uma mensagem de que o Brasil é um ator internacional central para os desafios econômicos globais.

Presença de Marina Silva no Fórum Econômico Mundial

Na visão do governo brasileiro, a presença de Marina Silva também sinaliza que as reformas econômicas caminham junto com os objetivos de sustentabilidade, que está no topo das preocupações geopolíticas atuais. Os dois ministros brasileiros devem participar de uma atividade conjunta em Davos. 

A comitiva de Haddad contará com a participação da secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, e do assessor especial Mathias Alencastro, que também atua na área internacional da pasta.

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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima não informou quem acompanhará Marina Silva nem a agenda de encontros da ministra em Davos. 

Ajuste fiscal de Haddad: economistas veem meta ambiciosa

Ontem, Haddad anunciou um pacote econômico que prevê um ajuste fiscal embasado no aumento da arrecadação. O objetivo da pasta é transformar o déficit primário estimado em R$ 231,5 bilhões para um superávit de R$ 11,13 bilhões em 2023.

A previsão equivale a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na visão de especialistas do mercado financeiro, a meta do ajuste fiscal é ousada e ambiciosa, e ainda gera dúvidas sobre seu cumprimento.

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Entre as primeiras medidas anunciadas, quatro grupos foram desenhados:

– Reestimativa de receitas (R$ 36,4 bilhões);
– Ações de receitas permanentes (R$ 83,2 bilhões);
– Ações de receitas extraordinárias (R$ 73 bilhões);
– Redução de despesas (R$ 50 bilhões).

O economista André Perfeito avalia que os ministérios da Fazenda e do Planejamento, comandados por Fernando Haddad e Simone Tebet (MDB), mostram uma “forte determinação em perseguir o saneamento das contas públicas”, mas também evidencia – pela ausência de detalhes – que ainda não se sabe ao certo, de fato, quanto poderá ser feito.

Haddad disse que estabeleceu metas para os ministérios, mas não há ainda clareza do esforço fiscal de fato. Por outro lado, enfatizou a recomposição das receitas e que pretende voltar ao patamar em proporção do PIB do que era arrecadado no ano passado”, expõe.

Com informações da Agência Brasil

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Janize Colaço

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