Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, tem queda de 9,6% no lucro do 4T23, para R$ 127,2 milhões

O Grupo SBF (SBFG3), proprietário da Centauro, registrou um ganho líquido de R$ 127,2 milhões no último trimestre do ano passado (4T23), marcando uma diminuição de 9,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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No entanto, a receita líquida do Grupo SBF aumentou 7,4%, chegando a R$ 2,13 bilhões na mesma base de comparação.

A Centauro, especializada no varejo esportivo, viu sua receita líquida atingir R$ 1,07 bilhão, uma redução de 6,7% em relação ao quarto trimestre de 2022 (4T22). No entanto, a empresa diz que, ao excluir os efeitos da Copa do Mundo do resultado do 4T22, a receita aumenta 2,4%. As vendas em lojas comparáveis (SSS, na sigla em inglês) caíram 10,8%, em comparação com o resultado positivo de 7,4% do ano anterior.

“A Centauro priorizou o aumento da rentabilidade, ajustando as expectativas de receita e reduzindo custos de forma eficaz. Adicionalmente, revisamos o portfólio de lojas, encerrando operações deficitárias e expandindo a rentabilidade do canal”, defende a companhia no 4T23 do Grupo SBF.

As lojas físicas da Centauro alcançaram uma receita de R$ 866,5 milhões, representando um crescimento de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

“No trimestre do Grupo SBF, a receita das lojas físicas foi impactada negativamente pelos descontos praticados no mercado, motivados pelos altos níveis de estoque da indústria. Além disso, o fechamento de 10 lojas deficitárias no 1T23 também impactou a receita do período”, explica.

A Fisia, operadora da marca Nike no Brasil, observou um aumento de 26,4% em sua receita bruta, alcançando R$ 1,22 bilhão, enquanto as SSS totais aumentaram 38,1%, em comparação com o indicador positivo de 37,6% do ano anterior. A companhia contabilizou, no balanço do Grupo SBF, que nos últimos 18 meses a empresa abriu 23 lojas da Nike e, com o lançamento do aplicativo da marca, aumentou a venda on-line em 50%.

O Ebitda do Grupo SBF totalizou R$ 290,7 milhões, representando um aumento anual de 6,5%. A margem Ebitda diminuiu de 13,8% para 13,6%. Enquanto isso, o lucro operacional aumentou 11,6%, chegando a R$ 206,3 milhões.

As despesas operacionais aumentaram 3,4%, atingindo R$ 694,1 milhões. A dívida líquida do Grupo SBF ajustada aumentou para R$ 721,6 milhões, um crescimento de 0,9%. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida ajustada sobre o Ebitda ajustado, diminuiu de 1,14 vez para 0,91 vez, conforme balanço. 

No acumulado de 2023, o lucro do Grupo SBF alcançou R$ 168,8 milhões, uma queda de 17,5% em relação ao resultado de 2022. A receita aumentou 11,8%, totalizando R$ 8,78 bilhões, e o Ebitda cresceu 22,2%, chegando a R$ 916,2 milhões.

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Grupo SBF: perspectivas para 2024

No resultado do Grupo SBF, a empresa diz que neste ano as prioridades estratégicas da empresa estão direcionadas para um “crescimento seguro e responsável”, com objetivo de aumentar a rentabilidade através da retomada da margem bruta e da otimização do capital de giro, resultando em uma redução estrutural da alavancagem.

“Na Centauro, concentraremos nossos esforços na expansão do lucro bruto por m² através da melhora da eficiência operacional das lojas e de uma precificação de produtos mais assertiva”, projeta a companhia.

Para a Fisia, o Grupo SBF afirma que a prioridade é retomar a rentabilidade por meio da redução de markdowns (margem sobre a venda), e que deve concentrar os esforços na redução estrutural da necessidade de capital de giro da operação.

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Murilo Melo

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