Gerdau (GGBR4) lidera quedas no Ibovespa hoje: analistas dizem que ação é subestimada por investidores

Com ações negociadas a R$ 18,93, a Gerdau (GGBR4) fechou o pregão desta quinta-feira (18) com queda de 16,73%, liderando a lista de principais baixas do dia. Dados do Ibovespa apontam que, em doze meses, a empresa já registra queda de 23,12%. O BTG explica que a queda nas margens de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Gerdau no Brasil, chegando a níveis comparáveis às mínimas históricas durante o período da era Dilma, tem exercido uma pressão considerável sobre o valor das ações da companhia.

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Os analistas do banco acreditam que os investidores brasileiros podem estar subestimando o desempenho da Gerdau e diversificação geográfica da empresa, com sua exposição aos Estados Unidos. Segundo eles, trata-se de um comportamento inferior à realidade da Gerdau porque, apesar das dificuldades no Brasil, a companhia tem obtido resultados robustos nos EUA.

Enquanto a Gerdau é negociada a 4x Ebitda, seus concorrentes americanos têm em média 7,4x Ebitda, representando um desconto significativo de 45%. “Se somarmos o tamanho de sua unidade norte americana e sua exposição à região por meio de sua unidade de aço especial, a exposição norte americana da Gerdau atualmente responde por mais de 60% de seu Ebitda consolidado”, dizem os estrategistas.

O BTG diz que, com o tempo, os investidores podem gradualmente adquirir confiança na sustentabilidade dos resultados da Gerdau nos EUA, o que poderia resultar em uma valoração mais alta para a empresa, e pontuam certa urgência sobre o assunto para a equipe de gestão da companhia.

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Com corte de custos, Gerdau deve expandir lucro até 30%, prevê BTG

As margens de lucro da Gerdau no Brasil estão em torno de 8%, atingindo seus níveis mais baixos de lucratividade, comparadas com uma média de 18 a 20% registrada no histórico financeiro da companhia. Para o BTG, embora ainda haja incertezas sobre a recuperação da parte brasileira da Gerdau, existe pouco espaço para que os lucros caiam ainda mais. Os estrategistas acreditam que os lucros da Gerdau devem expandir entre 20% e 30% no primeiro trimestre deste ano.

“A realidade é que a Gerdau já está trabalhando em uma série de medidas de corte de custos e buscando ajustar os preços para restaurar os níveis de lucratividade. Nos EUA, os resultados permanecem sustentados em um nível alto, com spreads de metal saudáveis e uma perspectiva sólida de demanda”, analisa o banco.

Os estrategistas dizem que a recomendação de compra por ação da Gerdau permanece neutra, baseada principalmente na perspectiva de uma baixa limitada e na estabilização dos resultados no quarto trimestre do ano passado.

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Murilo Melo

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