Futuros de NY operam em alta após dados do varejo acima do esperado

Os futuros de Nova York abriram, nesta quarta-feira (17), em mais uma alta após a divulgação dos dados do varejo na última terça-feira (16). As bolsas europeias, por sua vez, apresentam certa estabilidade após a abertura, enquanto o mercado asiático fechou em direção única.

Por volta das 7h25 desta quarta, os mercados futuros dos EUA apresentavam uma majoritária alta. O S&P 500 futuro operava com um avanço de 0,38%. Na última terça, o índice das 500 maiores empresas norte-americanas fecharam o mercado à vista a 3.124,74 pontos, após uma alta de 1,90%; cerca de 8% abaixo do pico, alcançado em fevereiro.

Segundo o Departamento do Comércio, as vendas do varejo dos EUA cresceram 17,7% no mês passado, com ajuste sazonal em relação ao mês anterior; o dobro do esperado. De acordo com analistas, os dados podem apontar para uma gradual recuperação econômica, após a pane de março, momento em que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou o país de forma mais acentuada.

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Patrick Spencer, diretor administrativo do banco de investimentos Baird, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, disse que acredita que “uma recuperação em ‘V’ está em andamento”. “Continua havendo a evidência de um fundo durável na atividade econômica. Na minha cabeça, o pior já passou”.

O Dow Jones subia 0,49%, para 26.321,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em avanço de 0,56%, a 10.016,00 pontos, o que representa seu ponto mais alto em toda a história. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, apresentava uma queda de 0,31%, a 33,50 pontos. Nos últimos 7 dias, no entanto, o indicador já subiu 21,57%, indicando certa incerteza do mercado.

Os investidores ainda mostram cautela quanto aos dados da pandemia, o qual já atingiu 8 milhões de pessoas em todo o planeta. Alguns estados norte-americanos, como Texas, Flórida e Carolina do Norte, apresentaram aumento das internações nos últimos dias. É possível observar, também, novos casos em Pequim.

Devido à incerteza quanto ao vírus, o mercado asiático fechou estável. O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma leve alta de 0,14%, a 2.935,87 pontos.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, encerrou o pregão com uma queda de 0,56%, após os dados comerciais mostrarem que as exportações recuaram 28% em maio, a maior queda desde 2009. A bolsa de Hong Kong fechou com um avanço de 0,56%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com uma alta de 0,14%.

Às 7h45, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,43%, a 12.380,42 pontos, após ter subido 3,38% na última terça. O britânico FTSE 100 apresentava um avanço de 0,56%, para 6.277,55 pontos. O índice francês, CAC 40, subia 0,91%, para 4.997,53 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, registrava uma leve alta de 0,25%, a 19.674,50 pontos. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,68%, a 3.264,55 pontos, após ter avançado 3,39% no último pregão.

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O petróleo WTI caía 0,76%, sendo negociado a US$ 38,08 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent recuava 0,39%, a US$ 40,81 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda, ao passo que as economias de todo o mundo reabrem.

Apesar do otimismo observado até meados da última semana, as bolsas globais e os futuros norte-americanos permanecem atentos às possíveis consequências da pandemia na economia mundial.

Jader Lazarini

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