Futuros de NY operam em baixa freando otimismo; Dow Jones cai 1%

Os futuros de Nova York operam em queda na manhã desta terça-feira (7), freando o otimismo dos últimos pregões. Os investidores também mostram-se atentos ao avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As bolsas europeias caem com dados econômicos menores do que o esperado; o mercado asiático, por sua vez, fechou sem direção única.

Por volta das 7h25, os mercados futuros dos EUA operavam em queda. O S&P 500 futuro apresentava uma baixa de 0,89%. Na última segunda, o mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 1,59%, a 3.179,72 pontos — patamar levemente abaixo do pico pré-pandemia.

Por volta do mesmo horário, o Dow Jones também caía, a 1,03%, para 25.906,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, recuava 0,53%, a 10.547,75 pontos. Na última segunda, a bolsa de tecnologia atingiu sua máxima histórica. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, subia 2,15%, a 29,88 pontos.

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Os investidores dão um passo atrás após as recentes altas dos mercados acionários, em meio às incertezas quanto à pandemia. Os Estados Unidos registram 2,938 milhões de casos do coronavírus, com pouco mais de 130 mil mortes.

Na Europa, o mercado segue de olho na recuperação econômica no período pós-pandemia. Dessa forma, a produção industrial alemã, da maior economia da zona do euro, é de alta importância para a atividade econômica da região.

Os dados mais recentes ficaram abaixo das expectativas do consenso de especialistas. A atividade industrial da Alemanha ainda mostra-se ao menos 20% abaixo do nível observado em fevereiro, mês imediatamente anterior à chegada do coronavírus.

Segundo Carsten Brzeski, economista-chefe da zona do euro no ING, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, disse que isso “mostra quão difícil será o retorno à normalidade”. “Após a diminuição das medidas de contenção à pandemia, as empresas devem apresentar maiores dificuldades do que os consumidores para retomarem suas atividades normalmente”.

Às 7h45, o DAX 30, índice alemão, operava com uma queda de 1,26%, a 12.574,55 pontos. Na última quarta, o índice da maior economia da Europa subiu 1,64%.

O índice francês, CAC 40, registrava -1,05%, para 5.028,27 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma baixa de 1,25%, para 6.207,48 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma desvalorização de 0,10%, a 20.008,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 1,13%, para 3.312,75 pontos.

Peter Dixon, economista da Commerzbank, lembrou ao “The Wall Street Journal” que “estamos em uma situação em que as últimas notícias dos EUA, Alemanha, partes do Reino Unido e da Austrália servem como um lembrete para os investidores de que nem tudo seguirá em uma trajetória suave”.

Após um forte impulso chinês, os mercados asiáticos fecharam de forma instável nesta segunda-feira. O SSE Composite, de Xangai, no entanto, encerrou o pregão com uma alta de 0,37%, a 3.345,34 pontos.

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma baixa de 0,44%. A bolsa de Hong Kong fechou com um recuo de 1,38%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando -1,09%.

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Às 7h50, o petróleo WTI apresentava uma queda de 1,45%, sendo negociado a US$ 40,05 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 1,25%, a US$ 42,56 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir.

Junho foi um mês de forte otimismo sobre a expectativa da recuperação econômica em resposta à pandemia. Todavia, os riscos de uma segunda onda deixam os investidores alertas, o que se reflete nos mercados futuros e as bolsas globais.

Jader Lazarini

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