Coronavírus: farmacêutica entra em fase final de testes para anticorpos

A farmacêutica norte-americana Regeneron informou que iniciou a fase final de testes clínicos para a avaliação da eficácia de seu coquetel de anticorpos contra o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi revelada nesta segunda-feira (6).

Os testes, realizados junto ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, irá mensurar a capacidade da medicação em evitar a infecção pelo coronavírus.

A medicação experimental, nomeada de REGN-COV2, está sendo testada em pacientes internados por conta da pandemia, além de infectados não hospitalizados. A farmacêutica é apenas um dos grandes laboratórios que travam a corrida pela criação de uma droga que combata o vírus. Os outros são:

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  • Gilead
  • Eli Lilly
  • AbbVie

Os testes realizados em humanos começaram no mês passado. A próxima fase, a última, será realizada em mais de 100 localidades em cerca de dois mil pacientes no território norte-americano. O experimento é acompanhado por um comitê especializado independente.

O coquetel contra o coronavírus

Os anticorpos, alvos do descobrimento dos testes, são proteínas criadas pelo sistema imunológico capazes de reconhecer, se conectar e neutralizar um vírus invasor.

O coquetel da Regeneron, por sua vez, trata-se de uma combinação de um anticorpo desenvolvido pela empresa e proteínas isoladas de pacientes recuperados da doença. Esse processo foi ligado à proteína S (ou spike) da Covid-19, permitindo a ligação do patógeno com as células para a replicação de seu material genético.

O método se diferencia de antivirais testados contra o vírus, a exemplo do Remdesivir, que procuram interromper a síntese de material genético da doença já atrelado às células.

Veja também: Moderna adia teste clinico final da vacina contra coronavírus

A empresa também conduziu testes em parceria com a francesa Sanofi, criando o Kevzara, uma droga usada contra artrite reumatóide. Os resultados, todavia, não se mostraram eficientes em pacientes graves do coronavírus. O estudo clínico havia sido realizado nos EUA.

Jader Lazarini

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