Grande exportador de petróleo, Brasil foi convidado a participar da Opep, diz Bolsonaro

Segundo o presidente Jair Bolsonaro, a Arábia Saudita convidou, de forma informal, o Brasil para se juntar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Caso o interesse da Arábia Saudita na aproximação brasileira ao cartel se confirme, significaria uma ascensão da relevância latino-americana como produtor e exportador de petróleo.

Nesta quarta-feira (30), o mandatário brasileiro recebeu o convite após concluir uma série de reuniões com autoridades sauditas, incluindo o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman. A visita de Bolsonaro ao Oriente Médio aconteceu à margem da conferência Future Investment Initiative, em Riad.

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“É o primeiro passo para talvez implementar essa política no Brasil”, disse Bolsonaro, salientando que precisaria consultar a equipe econômica e o Ministério de Minas e Energia antes de aceitar em participar do cartel. Em um painel na conferência, o mandatário afirmou que estava ansioso para o País entrar no cartel.

Brasil se destaca na produção de petróleo

Caso aceite o convite, o Brasil poderá tornar-se o terceiro maior produtor da Opep, apenas atrás da Arábia Saudita e do Iraque. O avanço na produção brasileira está dificultando o esforço do cartel em sustentar os preços do petróleo.

A crescente oferta dos campos de xisto dos Estados Unidos e do enfraquecimento da demanda global impactam os mercados internacionais.

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As reservas da commodity do País são maiores do que as de vários membros da OPEP, afirmou Bolsonaro. O Brasil junto aos países presente no cartel poderiam estabelecer “uma grande parceria”, colaborando uns com os outros a estabilizar os preços globais de combustíveis fósseis.

O Brasil produziu 2,71 milhões de barris por dia no ano passado, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) que prevê que a produção média do país chegue a 2,9 milhões este ano e 3,22 milhões em 2020.

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Segundo a instituição, através de um relatório recente, a produção brasileira de petróleo no mês de agosto subiu 220 mil barris por dias, chegando a um recorde de 3,1 milhões.

Jader Lazarini

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