Elon Musk dará prêmio de US$ 100 mi para melhor tecnologia de captura de carbono

O CEO da Tesla (NASDAQ: TSLA) Elon Musk anunciou ontem no Twitter que doará um prêmio de US$ 100 milhões (cerca de R$ 547 milhões) para a melhor tecnologia de captura de carbono que chegar a ele.

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Isso foi o suficiente para criar um boom imediato na rede social do bilionário, onde possui quase 43 milhões de seguidores, incluindo a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. Em outro tweet, Elon Musk informou que dará mais detalhes na próxima semana.

Cem milhões é um grande incentivo para um dos maiores desafios no combate às mudanças climáticas, mas representa um pequeno preço para o excêntrico e visionário empresário sul-africano, que este ano ultrapassou o fundador da Amazon (NASDAQ: AMZN), Jeff Bezos, para se tornar o homem mais rico do mundo.

O fundador da Tesla e da SpaceX tem hoje um patrimônio estimado em US$ 201 bilhões (ante US$ 193 bilhões de Bezos e US$ 134 bilhões de Bill Gates, em terceiro lugar), segundo a lista de bilionários compilada pela Bloomberg.

O meio ambiente é um dos cavalos de batalha de Musk, que criou o carro elétrico Tesla para substituir o diesel e a gasolina. Mas desta vez o empresário pretende ampliar o jogo, tentando envolver as melhores cabeças do planeta com um rico prêmio monetário. Quase 465 mil pessoas gostaram da iniciativa, incluindo Jack Dorsey, o fundador do Twitter (NYSE: TWTR), que curtiu o post. E mais de 12,5 mil pessoas tuitaram uma resposta, mas o número está crescendo a cada minuto.

A corrida patrocinada de Elon Musk

Entre os primeiros a responder ao desafio está o usuário Everyday Astronaut, que questiona: “Um reator Sabatier é considerado uma tecnologia de captura de carbono? Ou talvez uma boa máquina de captura de carbono possa ser usada para um reator Sabtier mais poderoso e eficiente?”

Para os não iniciados, a Wikipedia explica que a reação de Sabatier, ou processo de Sabatier, é uma reação química na qual o dióxido de carbono reage com o hidrogênio, na presença de níquel como catalisador e em condições de temperatura ótima entre 300° C — 400° C e alta pressão, produzindo metano e água.

Elon Musk, obviamente, sabe do que estamos falando, e imediatamente respondeu: “É um bom caminho para a energia de foguete totalmente renovável, por isso resolve parte do problema, mas os hidrocarbonetos com uma cadeia mais longa que o CH4 são necessários para serem sólidos à temperatura ambiente.”

Nem todas essas reações são terrivelmente sérias. Muitos sugerem, por exemplo, o plantio de árvores. E alguém elabora o tema: Por que não projetar uma maneira de plantar árvores em edifícios de vários andares. Isso economizaria espaço horizontal e ofereceria mais mastros que proporcionariam maior captura de carbono. Pode-se responder que em Milão já foi feito com a Floresta Vertical.

Outros estão se concentrando no cânhamo. Um hectare de cânhamo industrial pode absorver 15 toneladas de CO2 por hectare, ressalta. O rápido crescimento do cânhamo o torna uma das ferramentas mais rápidas para converter CO2 em biomassa disponível, mais eficiente do que uma agro-pousada. É possível cultivar até duas safras por ano para dobrar a absorção de CO2.

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Mas as ideias não param por aí. Que tal uma camada mineral (talvez CaO) ou C02 sintético para ser aplicado em todas as estradas viáveis? Embora todos nós saibamos que Musk odeia o transporte de gasolina e diesel, eles continuam a ser uma importante fonte de CO2, argumenta outro seguidor, e a solução para reduzi-lo o mais próximo possível da “fonte” pode ter um impacto enorme. .

O sinal foi dado Elon Musk. A corrida criativa para capturar carbono já começou.

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Carlo Cauti

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