Dólar volta a subir após fôlego no dia anterior e fecha cotado a R$ 5,1976

O dólar encerrou as negociações desta quarta-feira (18) com alta de 3,902%, cotado a 5,1976 na venda. A moeda americana disparou e atingiu um novo recorde após leve queda no dia anterior.

O dia foi marcado pela preocupação com as projeções da economia mundial. Dessa forma, o dólar renova a máxima histórica após uma série de altas consecutivas.

O mercado continua tenso devido aos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Ao mesmo tempo, os investidores esperam a decisão do Banco Central (BC) de reduzir a taxa básica de juros no Brasil.

Confira as principais notícias que mexeram com o mercado de câmbio:

  • J.P. Morgan reduz projeção de PIB brasileiro
  • J.P. Morgan prevê queda do PIB dos EUA
  • Pacote de ajuda nos EUA
  • Expectativa do Copom

J.P. Morgan reduz projeção do PIB do Brasil

O banco J.P. Morgan reduziu a projeção de expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,6% para -1%, nesta quarta-feira (18).

Embora a primeira expectativa fosse de crescimento do PIB, o J.P. Morgan reavaliou a projeção e agora espera uma profunda recessão para o primeiro semestre de 2020.

Saiba mais: J.P. Morgan reduz projeção de PIB brasileiro para -1% em 2020

O banco prevê uma queda de 3,5% do PIB brasileiro já no primeiro trimestre de acordo com as sazonalidades. Entretanto, a queda do PIB global e a crise do coronavírus devem afetar ainda mais a atividade econômica do país.

Para o segundo trimestre, as expectativas continuam negativas. Os economistas do J.P informaram em relatório “julgamos que o segundo trimestre poderia ser ainda pior, mas as medidas fiscais adotadas pelas autoridades provavelmente suavizarão esses efeitos”.

J.P. Morgan prevê queda do PIB dos EUA

O banco de investimento norte-americano J.P. Morgan também informou nesta quarta-feira (18) que a previsão para o PIB dos Estados Unidos é de uma queda de 4% no primeiro trimestre de 2020.

A previsão do J.P. Morgan é ligada aos efeitos econômicos negativos gerados pelo surto de coronavírus. Segundo o banco, no segundo trimestre a queda do PIB será de 14%.

Saiba mais: J.P. Morgan prevê queda do PIB dos EUA de até 14% por coronavírus

O J.P. Morgan não é a primeira instituição que corta suas previsões de crescimento do PIB por causa do coronavírus. Segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) os impactos econômicos da pandemia da covid-19.

Pacote de ajuda nos EUA

O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, informou nessa terça-feira (17) que pretende enviar US$ 1000 (R$ 5000) aos estadunidenses para amenizar as turbulências econômicas causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

Saiba mais: Coronavírus: Trump quer enviar US$ 1000 para cada cidadão dos EUA

Trump acrescentou dizendo que hospitais militares devem certamente ser introduzidos em regiões consideradas como pontos centrais do coronavírus.

Donald Trump, os líderes do Congresso e o secretário do Tesouro dos Estado Unidos, Steven Mnuchin, discutiram o plano de enviar a quantia imediatamente aos cidadãos. O montante pode chegar até o valor de US$ 1000 e serão usados cheques.

Expectativa do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou na última terça-feira a reunião sobre a possibilidade de um novo corte de juros na taxa básica (Selic).

O mercado nacional estima que haja corte de 0,50 ponto na Selic, após o Federal Reserve, banco central dos EUA, decidirem cortar os juros. O resultado será da reunião será divulgado nesta quarta após o fechamento do mercado.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (17), o dólar encerrou em queda de 0,878%, cotado em R$ 5.

Arthur Guimarães

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