Dólar sobe após ‘super quarta’ com juros mantidos pelo Copom e alta do Fed

Após cair nos primeiros negócios alinhado ao exterior, o dólar ajustou-se em alta de forma pontual frente o real no período da manhã desta quinta-feira (4).

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Mais tarde, por volta das 12h, os contratos futuros do dólar operam em alta de 0,5% no intradia, a R$ 5,045.

A moeda americana opera diante do fortalecimento do índice DXY – que mede a força do dólar ante uma cesta de moedas – em meio à decisão mais dovish do Banco Central Europeu (BCE).

O BCE elevou juros em 25 pontos-base e justificou que a inflação tem desacelerado nos últimos meses, mas pressões subjacentes seguem fortes.

Na abertura dos negócios, os investidores precificaram ainda a decisão do Copom de manter a taxa Selic estável em 13,75% ao ano, como amplamente esperado, além dos sinais de manutenção do juro básico por longo período no país.

“Entendo que por aqui não há espaço para redução dos juros, embora o Governo continue pressionando e forçando com esse discurso. Ainda existe o peso do fato relevante sobre o aumento do teto de isenção de imposto de renda, com impacto importante na arrecadação do Governo e, consequentemente, impacto fiscal muito grande, o que dificulta ainda mais o cenário para um corte de juros brasileiros”, comenta Bruno Perottoni, gerente de tesouraria do Braza Bank.

A moeda norte-americana segue fraca ante o real e outros pares emergentes ligados a commodities após o Fed fazer novo aperto de 25 PB dos juros nos EUA, à faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, e indicar pausa no ciclo de aperto.

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Contudo, o índice DXY ganhou força ecoando sinais hawkish do presidente da instituição, Jerome Powell, e também temores com a saúde financeira de bancos regionais norte-americanos. Powell indicou que os juros nos EUA devem ficar restritivos por bom tempo ainda para combater a inflação resiliente no país,

Dólar na véspera

Na véspera, o dólar à vista encerrou a sessão em queda de 1,09%, cotado a R$ 4,9919. Na ocasião, a moeda ainda não contava com a concretização da decisão do Copom.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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