Dólar abre em leve queda após a divulgação do PIB de 2019

O dólar abriu, nesta quarta-feira (4), em leve queda. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do brasil cresceu 1,1% em 2019.

Por volta das 9h40, o dólar variava negativamente a 0,029%, negociado a R$ 4,5091 na venda. O mercado financeiro tem reduziu suas expectativas acerca da expansão econômica do País neste ano.

Além disso, os investidores seguem de olho nos ajustes das políticas monetárias das principais economias do mundo, devido ao impacto do coronavírus (Covid-19).

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,1% em 2019. Esse foi o terceiro ano consecutivo de crescimento da economia, após a recessão de 2015 e 2016.

No quarto trimestre, a economia avançou 0,5% em comparação com o terceiro trimestre. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (4).

“São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Além disso, segundo o instituto, o avanço da agropecuária, que representa 5% do cálculo do indicador, no ano passado foi impactado de forma positiva pela mais intensa relação comercial entre Brasil e China, devido à peste suína africana vigente no país asiático desde setembro de 2018.

O PIB do Brasil totalizou R$ 7,256 trilhões. O PIB per capita variou positivamente 0,3%, em termos reais, chegando a R$ 34.533 no ano passado.

Expectativa do mercado

O banco norte-americano Goldman Sachs, por meio de um relatório divulgado na última terça-feira (3), informou que sua estimativa para o crescimento do PIB no Brasil caiu de 2,2% para 1,5%.

Além da expectativa sobre o PIB, a instituição financeira estadunidense informou, no relatório divulgado nesta terça-feira (3), que espera que os bancos centrais de todo o mundo cortem suas taxas de juros, afim de evitar desacelerações por conta do coronavírus.

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Na última quinta-feira (27), o Bank of America também cortou a previsão para o PIB do País neste ano, de 2,2% para 1,9%. Esta havia sido a primeira estimativa abaixo de 2% feita por um grande banco.

“O surto de coronavírus deve impactar negativamente as exportações. Dado o maior impacto esperado do vírus e os contínuos indicadores de atividade econômica sem sinal uniforme no Brasil, reduzimos nossa previsão em outros 30 pb (pontos base)”, disseram os economistas do banco, David Beker e Ana Madeira.

Taxa de juros

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central (BC) dos Estados Unidos, anunciou um corte de 0,5% na taxa de juros do país. Atualmente, a taxa de juros norte-americana está entre 1% e 1,25%. O anúncio foi realizado antes do próximo encontro marcado, que aconteceria entre os dias 17 e 18 deste mês.

A decisão tomada entre os responsáveis pela política monetária do país foi unânime.

“O coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica”, informou o Fed em comunicado. “À luz desses riscos e de forma a dar suporte ao emprego e às metas de inflação, o Comitê decidiu hoje reduzir os juros em 0,5 ponto”, salientou a nota.

Confira: Fed deve fazer novo corte de juros em duas semanas, diz BofA

Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou, na última segunda-feira (2), que a instituição está pronta para tomar medidas para combater os impactos da epidemia.

“O BCE está monitorando de perto os desenvolvimentos e suas implicações para a economia. Estamos prontos para tomar medidas apropriadas e direcionadas, conforme necessário e proporcionais aos riscos subjacentes”, afirmou Lagarde.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na terça-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,537%, cotado a R$ 4,5109.

Jader Lazarini

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