Dólar abre em queda; Opep e auxílio a estados e municípios no radar

O dólar abriu em queda, nesta terça-feira (14), após Trump dizer, na última segunda-feira (13), que a Opep irá cortar a produção de petróleo em 20 milhões de barris por dia.

Por volta das 10h20, o dólar variava negativamente a 0,289%, sendo negociado a R$ 5,1705. O mercado está atento às medidas econômicas em combate ao coronavírus no Brasil.

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Além disso, segue no radar dos investidores o avanço do Covid-19 no mundo, com quase 3 milhões de casos confirmados e vitimando mais de 120 mil pessoas.

Corte na produção de petróleo

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) irá cortar a produção em 20 milhões de barris por dia. A informação foi divulgada na última segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua conta no Twitter.

“Envolvido nas negociações, para dizer o mínimo, o número que a Opep+ quer cortar é 20 milhões de barris de petróleo por dia, não os 10 bilhões que estão sendo noticiados”, escreveu o mandatário na rede social.

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A mensagem de Trump mostraria os países produtores de petróleo dispostos a cortar o dobro da produção prevista no acordo assinado no fim de semana, de 10 milhões de barris de petróleo por dia. O presidente agradeceu a todas as pessoas que que trabalharam junto com ele no acordo, especialmente os governos de Arábia Saudita e Rússia.

Os dois países estavam travando há semanas uma “guerra do petróleo”, provocando uma queda nas cotações internacionais da commodity. O barril de Brent iniciou o ano cotado a US$ 68,75, e chegou a ser negociado a US$ 21,65, uma desvalorização de mais de 68,50%.

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O príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro de Energia da Arábia Saudita, confirmou a redução da produção e disse que os cortes efetivos na oferta de petróleo devem chegar a cerca de 19,5 milhões de barris por dia.

Auxílio a estados

A Câmara dos Deputados aprovou na última segunda-feira (13) um projeto de R$ 89,6 bilhões que garante aos estados e municípios uma ajuda financeira durante um semestre.

O intuito é reforçar os caixas estaduais e municipais, que estão sendo afetados com a perda de arrecadação devido a crise desencadeada pelo coronavírus (Covid-19). O texto, agora, precisa de uma aprovação do Senado.

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Segundo Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, a União irá utilizar R$ 80 milhões somente para reconstituir as perdas na arrecadação entre os meses de abril e setembro. Os reforços nos cofres devem ser realizados de maio a outubro (período de projeção, realizada pelo Ministério da Saúde, da crise no Brasil).

“Ou nós vamos de forma emergencial garantir o valor nominal da arrecadação de estados e municípios ou eles vão ficar inviabilizados de atender a população no máximo em 30, 60 dias, dependendo da situação de cada estado”, afirmou o Maia.

Covid-19 no mundo

Até a manhã desta terça-feira, as secretarias estaduais de Saúde reportaram 23.830 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 1.355 mortes. O País é a 14ª nação mais impactada pela doença.

O isolamento social na Espanha, país mais atingido na Europa e já tendo ultrapassado o número de mortes na China, passou a ser flexibilizado no último domingo (12), reportando mais de 172 mil infectados e 18.056 mortes por causa de complicações do coronavírus.

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Na Itália, foram registradas ao menos 17.669 mortes pelo Covid-19 e mais de 139 mil casos até a última quarta-feira. Já na França, já foram confirmados mais de 137 mil casos da doença, as quais vitimaram quase 15 mil pessoas.

Segundo a universidade norte-americana John Hopkins, desde o primeiro caso confirmado, o coronavírus já matou 23.648 pessoas no território dos Estados Unidos. Mais de 582 mil pessoas foram infectadas, se tornando o novo epicentro da doença no planeta.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (13), o dólar encerrou em alta de 1,864%, cotado R$ 5,1855 na venda.

Jader Lazarini

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