Dólar segue Treasuries e petróleo continua caindo em semana de PIB e payroll

O dólar começou a manhã desta segunda-feira (4) em uma curva ascendente, em sintonia com o fortalecimento dos rendimentos dos Treasuries e da moeda estadunidense no cenário internacional. Enquanto isso, o petróleo prolonga as quedas da sessão anterior devido a dúvidas sobre o cumprimento dos cortes na oferta anunciados pela Opep+ na semana passada.

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No exterior, os ativos norte-americanos seguem o movimento da cotação do dólar em rumo positivo, embora os contratos futuros de Nova York apresentem uma trajetória descendente, seguindo o otimismo observado na sexta-feira, impulsionado pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

Apesar de ainda não ter desqualificado a possibilidade de um aperto monetário adicional, Powell afirmou que o banco central dos Estados Unidos não precisa agir com “pressa” e que a inflação parece estar “na direção correta”.

Os investidores locais também repercutem o boletim Focus e os dados do setor externo do País, divulgados mais cedo.

Boletim Focus e termômetro brasileiro da economia

No Focus, as projeções para o IPCA subiram levemente para 2023, de 4,53% para 4,54%; e para 2024, de 3,91% para 3,92%; mas seguem em 3,50% para 2025 e 2026. Também a estimativa para o IPCA de novembro passou de 0,28% para 0,29%, mas se mantém em 0,46% para dezembro e em 0,42% para janeiro de 2024. As estimativas para a Selic este ano e no ano que vem seguiram em 11,75% e 9,25, respectivamente. A projeção para o déficit primário em relação ao PIB em 2024 segue em 0,80%, acima da meta de déficit zero do governo.

Os dados sobre transações correntes apontam déficit de US$ 230 mi em outubro, menor que a mediana (-US% 950 milhões) das projeções de mercado. O resultado é também o melhor para meses de outubro desde 2006, segundo o Banco Central. O investimento direto no país (IDP) somou US$ 3,306 bi em outubro, abaixo do piso das projeções, que iam de US$ 3,90 bilhões a US$ 6,90 bilhões.

O IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,43% em novembro, de 0,30% em outubro, acima da mediana do Projeções Broadcast, de 0,41%, mas dentro do intervalo previsto, de alta de 0,39% a 0,50%. No período de 12 meses até novembro, o índice subiu 3,31%. Dois itens subiram mais: Alimentação (de 0,73% a 1,17%); e Saúde (de alta de 0,71% a um avanço de 0,79%).

As atenções nesta segunda-feira estarão no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que conduz a LiveBC (14 horas) e participa de seminário promovido pelo Coaf (16 horas). Contudo, tanto os dirigentes do BC como os do Fed já estão no período de silêncio que antecede as decisões de política monetária, que serão anunciadas na quarta-feira da próxima semana, dia 13.

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Agenda da Semana Brasil-EUA e cotação do dólar

Na segunda-feira, 5, será publicado o PIB do Brasil no terceiro trimestre e, na sexta-feira, o destaque é o relatório de empregos nos EUA, o payroll de novembro.

Também é monitorada a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Berlim, na Alemanha.

Às 9h41, a cotação do dólar à vista anotava uma alua de 0,31, a R$ 4,8957. O dólar para janeiro de 2024 ganhava 0,27%, a R$ 4,9080. No exterior, o índice DXY do dólar ante seis moedas rivais tinha alta de 0,11%, a 103,38 pontos.

O rendimento da T-Note 2 anos subia a 4,600% (de 4,554% no fim da tarde de sexta-feira); o da T-Note 10 anos estava a 4,252% (de 4,217%); e o do T-Bond 30 anos apontava 4,419% (de 4,406%).

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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