Dólar fecha em alta de 2,64%, em dia de incertezas e temores na economia global

O dólar encerrou esta segunda-feira (19) em uma forte alta de 2,64%, aos R$ 5,251.

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O dólar voltou a subir hoje após ter acumulado queda de 2,66% na semana passada, fechando a última sexta-feira aos R$ 5,115 na venda.

De acordo com Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, a semana iniciou com aversão ao risco ao máximo, o mercado ficou avesso por alguns fatores, como a expectativa de resultados importantes de grandes empresas americanas, além da questão do petróleo, que vinha anotando altas consecutivas e da variante Delta.

Foi um dia marcado por forte liquidação de ativos de risco e queda acentuada das commodities, diante de temores de que o avanço da variante Delta do coronavírus mine a recuperação da economia global.

O mau humor lá fora se agravou ao longo da tarde na esteira do alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a variante Delta já circula em mais de 111 países. Neste cenário, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, manteve a suspensão de todas as restrições à modalidade, mas admitiu que poderá haver uma reversão das medidas em caso de piora.

Hoje, o mercado se manteve atento aos 12 mil (US$ 600 milhões) de contratos de swap cambial em rolagem vendidos pelo Banco Central (BC) e ao avanço da variante Delta do coronavírus ao redor do mundo.

Os investidores também se preocupam com as negociações sobre a reforma tributária entre Guedes e vários setores da economia, cada um com seu pleito.

Notícias que movimentam o dólar hoje

Além disso, confira algumas notícias que movimentaram o mercado hoje:

  • Balança comercial tem superávit de US$ 2,036 bilhões na 3ª semana de julho
  • Dólar para 2021 segue em R$ 5,05 e permanece em R$ 5,20 para 2022, diz Focus
  • EUA: Comitê de ciclos econômicos diz que recessão no país durou 2 meses em 2020

Balança Comercial brasileira

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,036 bilhões na terceira semana de julho. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,275 bilhões e importações de US$ 4,239 bilhões.

Em julho, a balança comercial acumula saldo superavitário em US$ 5,059 bilhões, com exportações em US$ 14,548 bilhões e importações de US$ 9,489 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial é superavitário em US$ 41,790 bilhões.

As exportações registraram aumento de 43,6% na média diária de julho ante o mesmo período do ano passado, com crescimento de US$ 42,44 milhões (20,7%) em Agropecuária; avanço de US$ 142,36 milhões (69,7%) em Indústria Extrativa e de US$ 182,14 milhões (42,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

Boletim Focus

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central, mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana m 2021. A mediana das expectativas para o dólar no fim de período seguiu em R$ 5,05, ante R$ 5,10 de um mês atrás.

Para 2022, a projeção para o dólar permaneceu em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.

Recessão nos EUA durou 2 meses em 2020

O Comitê de Datação de Ciclo de Negócios do Escritório Nacional de Pesquisa Econômica afirmou nesta segunda-feira, 19, ter determinado que a recessão do ano passado durou apenas dois meses nos Estados Unidos, “o que faz dela a mais curta recessão dos EUA já registrada”.

O órgão explica em comunicado sua metodologia e ressalta que, ao determinar que o fim da recessão começava em maio de 2020, após a recessão de março e abril, não concluía que a economia havia com isso retornado a sua capacidade normal de operação.

“A atividade econômica está geralmente abaixo do normal nos estágios iniciais de uma expansão, e às vezes permanece assim bem avançada a expansão”, diz. O comitê decidiu que qualquer recuo futuro da economia seria uma nova recessão, não a continuação daquela associada ao pico de fevereiro de 2020. “A base para esta decisão foi a duração e a força da recuperação até agora”, sustenta.

Fechamento do câmbio hoje

Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:

  • Euro: +2,58% aos R$ 6,19
  • Libra: +2,05% aos R$ 7,17
  • Bitcoin: -0,37% aos R$ 162.258,969
  • Dólar turismo: +2,98% aos R$ 5,43

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (16), o dólar encerrou em leve alta de 0,01%, negociado a R$ 5,11.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Rafaela La Regina

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