Dólar encerra em alta de 0,22%, cotado em R$ 4,25

O dólar encerrou nesta terça-feira (4) em alta de 0,224%, negociado a R$ 4,2583 na venda. O mercado está aguardando um possível corte na taxa básica de juros (Selic) que pode ocorrer na próxima quarta-feira (5).

Durante o dia, a cotação mínima do dólar foi de R$ 4,2277, por volta das 10h00. A máxima foi registrada no fechamento do pregão. Confira quais foram as principais notícias que movimentaram o mercado nesta terça-feira:

  • Coronavírus: UBS corta previsão do PIB global por conta do surto;
  • Produção industrial encerra em queda de 1,1% em 2019;
  • China: BC injeta 500 bi de yuans e mercado encerra em alta.

Impactos do coronavírus no PIB global

O UBS cortou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano por conta da epidemia de coronavírus. Por conta dos impactos do coronavírus, o banco prevê um avanço de 2,9% para o PIB mundial em 2020. No relatório anterior, a estimativa de crescimento era de 3,1%.

Saiba mais: Coronavírus: UBS corta previsão do PIB global por conta do surto

Para o primeiro trimestre deste ano, o banco reduziu a previsão de avanço econômico mundial de 3,2% para 0,7%. A instituição financeira salientou que, caso confirmado, este seria o pior desempenho do PIB global em um trimestre desde a crise econômica de 2008/2009.

A equipe global da instituição financeira explicou que 78% da queda reflete a desaceleração da economia da China, que possui o segundo maior PIB do mundo, por conta do vírus.

Produção industrial

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial registrou recuou 1,1% em 2019, após dois anos consecutivos de crescimento. No ano de 2018, o crescimento foi de 1%, e em 2017 de 2,5%.

Saiba mais: Produção industrial encerra em queda de 1,1% em 2019

O recuo da produção industrial, segundo o gerente de pesquisa do IBGE, André Macedo, se deu ao rompimento da barragem da Vale (VALE3) no início do ano passado. “Tiveram grande peso nesses resultados negativos os efeitos na indústria extrativa, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) em janeiro de 2019”.

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Macedo acrescenta que excluindo a tragédia, ou seja, a influência do setor extrativo, a variação da produção industrial do ano passado seria de 0,2%.

BC da China tenta estabilizar mercado

O banco central da China afirmou que está determinado a estabilizar as expectativas do mercado financeiro com as injeções de liquidez, para reconquistar a confiança do setor.

Saiba mais: China: BC injeta 500 bi de yuans e mercado encerra em alta

Nesta terça, foram aplicados 500 bilhões de yuans (R$ 303,50 bilhões) de liquidez no sistema bancário por meio de operações de recompra reversa. Na última segunda-feira (3), foram injetados, pelo BC da China, 1,2 trilhão de yuans para estimular empréstimos a empresas.

Após a afirmação do BC chinês, os índices acionários encerraram em alta nesta terça. O principal indicador CSI300, que reúne as principais empresas das duas bolsas, teve uma elevação de 2,64%, trata-se da maior alta desde 1° de julho do ano passado.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (3), o dólar encerrou em queda de 0,863%, cotado em R$ 4,2488.

Giovanna Oliveira

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