Divisão de pagamentos do Magazine Luiza (MGLU3) ‘não está precificada’; BTG vê upside de 40%

O BTG Pactual (BPAC11) revisou para cima o preço-alvo para Magazine Luiza (MGLU3), de R$ 23,00 para R$ 26,00, com recomendação de Compra. Segundo os analistas, há um potencial na divisão de pagamentos não precificado no valuation atual da companhia.

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Em relatório assinado por Luiz Guanais e Victor Rogatis, o BTG disse esperar uma tendência de desaceleração do canal online — na contramão do crescimento exponencial observado no início deste ano — fator que pode pesar no desempenho de curto prazo do Magazine Luiza.

Ainda assim, os especialista projetam uma melhora das vendas em lojas físicas, com o avanço da campanha de vacinação no Brasil. Adicionalmente, dizem olhar para a divisão de pagamentos da empresa: o Magalu Pagamentos e Magalu Pay, abordando compradores e vendedores na plataforma, criando um ecossistema mais amplo. Pelas estimativas do banco, o segmento adiciona R$ 5,00 por ação, um incremento não precificado pelo mercado.

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No modelo atualizado, o BTG assumiu quatro fluxos de receita para o B2C e marketplace:

  • MDR (sigla em inglês para Merchant Discount Rate) líquido no marketplace;
  • receitas de pré-pagamento;
  • taxas de estorno;
  • receitas de outros serviços.

Os analistas também assumiram receitas oriundas da incursão no negócio fora da plataforma, que deve atingir 17% do Volume Total de Pagamentos (TPV, na sigla em inglês) até 2025. Soma-se a isso a receita proveniente do Cartão Magalu.

“Enquanto o cenário de curto prazo parece menos brilhante para Magazine Luiza dada a desaceleração do canal online, o legado de consumidores migrando para o digital, sua verdadeira proposta multicanal e os recentes investimentos para aumentar o engajamento na plataforma (para a qual os serviços financeiros são um pilar fundamental) devem levar para uma expansão mais forte do GMV [Volume Bruto de Mercadoria] e melhoria da lucratividade nos próximos anos”, ponderaram Guanais e Rogatis.

O novo preço-alvo do BTG para o papel oferece um 40% de upside em relação à cotação de sexta-feira, a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 33% para os próximos cinco anos.

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Última cotação de Magazine Luiza

A ação do Magazine Luiza fechou em forte alta de 7,93%, a R$ 20,00.

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Arthur Guimarães

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