Dívida Pública Federal caiu 1,55% em março, somando R$ 4,214 tri

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nessa terça-feira (28) que a Dívida Pública Federal (DPF) apresentou uma queda nominal de 1,55%, com um estoque de R$ 4,215 trilhões em março, em comparação com fevereiro, quando o estoque era de R$ 4,281 trilhões. A queda foi motivada pelas turbulências do novo coronavírus (covid-19).

Entretanto o a oscilação fugiu da meta do Plano Anual de Financiamento (PAF), que previa uma variação entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões para o final do ano. Em fevereiro as emissões da Dívida Pública Federal foram de R$ 21,58 bilhões e os resgates de R$ 143,58 bilhões, representando um resgate líquido de R$121,99 bilhões.

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Em relação resgate líquido, R$ 121,88 bilhões são referentes ao resgate líquido da  Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), enquanto o da Dívida Pública Externa corresponde a R$ 0,11 bilhão.

Em março a DPMFi caiu cerca de 2,28%, atingindo R$ 4,006 trilhões enquanto em fevereiro representava R$ 4,099 trilhões. Já a Dívida Federal Externa, teve uma alta de 15,03%, somando US$ 40,7 bilhões (cerca de R$ 208,29).

Além disso, o percentual vincendo da dívida em 12 meses ficou em 21,41% da DPF em março enquanto em fevereiro estava em 19,05%. Já o prazo médio da encerrou março em 4 anos, contra 3,98 anos em fevereiro.

Quando o método “Average Term to Maturity” é aplicado, a média da DPF aumenta de 5,4 anos em fevereiro para 5,47 anos em março.

O custo médio do estoque da dívida, acumulado no período dos últimos 12 meses, fechou o mês passado em 9,53% ao ano, embora em fevereiro tenha fechado em 9,12%. Já o custo médio da DPMFi atingiu 8,39% em março, enquanto marcou 8,50% no segundo mês do ano.

Ainda nos últimos 12 meses, o custo médio em ofertas públicas da DPMFi acumulado foi de 6,46% no mês passado, e 6,58% em fevereiro.

Frente a isso, o custo médio das Letras do Tesouro Nacional (LTN) foram de 6,86% em março e 6,93 em fevereiro. O custo de locação de Notas do Tesouro Nacional Série F, que fechou fevereiro em 7,87%, ficou em 7,76% no mês passado.

Ademais, as Notas do Tesouro Nacional Série B apresentaram um custo de 7,28% ao ano, frente a 7,89% apresentada em fevereiro.

A participação de investidores estrangeiros na DPMFi também caiu em comparação a fevereiro, para 9,82%, o que representa uma queda de R$ 448,14 bilhões para R$ 393,55 bilhões em valores absolutos. Ademais, variaram em relação a fevereiro:

  • Os fundos de investimento que apesenta, 25,67% em março, e apresentaram 26,94% em fevereiro;
  • As instituições de previdência representando 25,15%, enquanto 24,62% em fevereiro;
  • As instituições financeiras fecharam março em 25,85%, e 24,17% em fevereiro.
  • O governo variou de 4,04% para 4,25% em março;
  • As seguradoras ficaram com 3,87% no mês passado, ante a 3,94% em fevereiro.

Dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do PIB

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou no último dia 16, através de uma videoconferência que o crescimento da dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Além disso, Almeida informou que a dívida pública poderá crescer mais rápido, dependendo das reformas aprovadas. Assim como por causa da alta volatilidade, o desempenho do PIB para esse ano também é impreciso e pode cair entre 2% a 5%, segundo ele.

Laura Moutinho

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