Banco rebaixa ação da CSN (CSNA3) e prevê cenário desafiador; veja por quê
O BB Investimentos revisou o preço-alvo da CSN (CSNA3) para R$ 20 ao final de 2023 e rebaixou a sua recomendação para “neutra”. A ação ainda apresenta um potencial de valorização de 49%, levando em conta o fechamento do papel em 2 de setembro, cotada a R$ 13,42.
Apesar do potencial de valorização das ações da CSN, os analistas do banco de investimentos explicam que os papéis devem seguir pressionados no curto prazo, diante das incertezas relacionadas ao crescimento econômico mundial, da expectativa de resultados mais fracos do que os projetados e da consequente redução da perspectiva de dividendos à frente.
No primeiro semestre do ano, o BB-BI avalia que a CSN teve a sua rentabilidade operacional impactada por uma forte elevação dos custos de produção, que refletem a disparada de preços de carvão, coque, combustíveis e fretes marítimos.
Outro ponto que prejudicou o desempenho no 1S22, segundo o BB-BI, foi a elevada volatilidade nos preços do minério de ferro, que afetaram o resultado da divisão de mineração da CSN, a CSN Mineração (CMIN3).
Para o segundo semestre, os analistas observam que o cenário segue desafiador para a CSN, com a permanência dos fatores do 1S22, e com mais dúvidas em relação à demanda global do aço no curto a médio prazo. A incerteza aumenta com a provável recessão nos Estados Unidos e Europa, e com um crescimento mais lento na China.
Além disso, o BB Investimentos lembra que a ação da CSN está sendo negociada próximo ao seu múltiplo histórico, o que pode limitar os ganhos do papel no curto prazo.
Para a CSN Mineração, os analistas têm recomendação “neutra”, com preço-alvo de R$ 5,70 ao final de 2023.
CSN tem resultado fraco no 2T22, segundo analistas. O que prejudicou o balanço?
A CSN reportou um resultado negativo no 2T22, com maiores pressões de custos e uma operação fraca do lado de mineração, levando a um lucro inferior ao estimado por analistas da Genial Investimentos.
A Genial projetava um lucro líquido de R$ 681 milhões, contra os R$ 369 milhões reportados no segundo trimestre do ano, que representaram queda de 93,3% contra o 2T21.
Os principais destaques entre os custos da CSN, segundo os analistas, foram:
- A fraca diluição dos custos fixos na mineração;
- Maiores custos ferroviários agravados pelo aumento dos custos com diesel;
- Elevados níveis das matérias-primas do aço.
Cotação
As ações da CSN fecharam em alta de 2,01% nesta segunda-feira (5), cotadas a R$ 13,69.
