Grana na conta

CSN (CSNA3) deve realizar emissão de bonds no exterior em breve, diz presidente

A CSN (CSNA3) está visando uma emissão no exterior, segundo declarações recentes do presidente da empresa, Benjamin Steinbruch.

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À Coluna do Broadcast, o presidente da CSN destacou que o ambiente macroeconômico externo e local vem dando ‘sinais positivos’, e isso pode catapultar uma emissão de bonds da companhia já nos próximos meses.

“Não me surpreenderia se víssemos emissões de bonds (títulos de dívida emitidos no exterior) em outubro ou novembro”, disse.

“Os negócios estão começando a andar, as reformas estão caminhando e vão passar, sem dúvida as coisas estão melhores”, seguiu.

A última vez que houve uma emissão de bonds da CSN foi há um ano e meio, em meados de fevereiro de 2022.

À época, a companhia levantou uma cifra de US$ 500 milhões em bonds de 10 anos – e utilizou parte da cifra para recomprar títulos mais antigos.

Apesar de vários concorrentes terem emitido no mercado local recentemente, a CSN é exportadora e uma emissora de mais assiduidade no mercado estrangeiro.

CSN: analistas chamam atenção para um dado operacional e recomendam venda das ações

A CSN (CSNA3) deve ter fraco rendimento de fluxo de caixa após 2024, com a alavancagem como importante fator de monitoramento, projeta o Itaú BBA. Dessa forma, o banco tem recomendação underperform, equivalente a venda, para as ações da companhia.

Segundo o BBA, a expectativa é de que a CSN reporte um Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 10,4 bilhões para 2023, queda de 6% se comparado à última previsão do banco. Para 2024, estima-se Ebitda de R$ 9,7 bilhões. 

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A queda da projeção do Ebitda da CSN é motivada por resultados mais fracos nas divisões de aço e mineração.

Outro ponto apontado por analistas é a geração de fluxo de caixa, que deve ficar próxima a R$ 3,3 bilhões para a CSN em 2023. O número neste ano foi impulsionado por acordos de pré-venda com a Glencore (total de US$ 800 milhões) e a Cargill (US$ 200 milhões). 

“Estimamos uma geração mais fraca de fluxo de caixa a partir de 2024 e esperamos que a alavancagem continue sendo um ponto importante a ser monitorado, considerando os desembolsos pesados de Capex esperados para o negócio de mineração (P15 + porto) nos próximos anos”, explicam os analistas. 

Projeções do BBA indicam uma dívida líquida de R$ 27,9 bilhões para o final de 2023, com uma relação dívida líquida/Ebitda de 2,7x. 

Com isso, o banco recomenda venda das ações da CSN, fixando preço-alvo de R$ 11. 

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Eduardo Vargas

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