Coronavírus: Trump diz que China pode ser ‘conscientemente responsável’

Segundo o presidente norte-americano Donald Trump, no último sábado (18), a China sofreria consequências se fosse “conscientemente responsável” pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A doença já atingiu 2,34 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 735 mil nos Estados Unidos.

“Vamos ver o que acontece com a investigação deles. Mas também estamos investigando”, afirmou o mandatário, em entrevista coletiva na Casa Branca. “Se foi um erro, um erro é um erro. Mas, se eles foram conscientemente responsáveis, sim, então haveria consequências”. O coronavírus já fez 161,26 mil vítimas em todo o mundo, segundo a universidade norte-americana John Hopkins.

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Alguns congressistas republicanos procuram delegar aos chineses a culpa pela disseminação do vírus, oriunda na província de Hubei, região central da China, no final de 2019.

“Nosso relacionamento com a China foi bom até que eles fizeram isso”, disse Trump. “A pergunta foi feita: ‘você ficaria com raiva da China?’ Bem, a resposta pode muito bem ser um retumbante sim, mas depende: foi um erro que saiu do controle ou foi feito deliberadamente?”. O presidente salienta que “há uma grande diferença entre os dois”.

Trump, no entanto, elogiou por diversas vezes a China e seu presidente, Xi Jinping, entre janeiro e fevereiro, por lidar com o coronavírus. O posicionamento do mandatário ainda no início dos impactos da pandemia no Ocidente complicaram os esforços do partido Republicano para atribuir ao país asiático a responsabilidade pela doença.

O presidente estadunidense afirmou, na última semana, que paralisou o financiamento do país para a Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a agência da entidade de aceitar reivindicações chinesas sobre a pandemia “pelo valor de face”.

Questionamentos acerca da origem do coronavírus

Os dados oficiais de Pequim de contágios e mortes provocadas pela pandemia levantam suspeitas há semanas. Na última sexta-feira (17), as autoridades chinesas insistiram em que não ocultaram informações, mas que ocorreram “omissões” e “atrasos”. O número de mortos na China foi revisto, indo a 4.632.

Fontes de agências de inteligência do governo dos Estados Unidos, epidemiologistas, e os próprios residentes de Wuhan desconfiam dos números apresentados pelo governo chinês desde o início da crise.

Confira: China corrige balanço e número de mortes vai a 4.632

Na última semana, o jornal norte-americano “The Washington Post” informou que a embaixada dos Estados Unidos em Pequim alertou há dois anos sobre falhas em procedimentos de segurança de um laboratório que estudava os coronavírus específicos em morcegos. Segundo o canal “Fox News”, a pandemia do novo coronavírus teria surgido neste laboratório após um erro involuntário.

De acordo com o Nobel de Medicina de 2008, Luc Montagnier, diferentemente do que divulgaram as autoridades, o novo coronavírus foi fabricado artificialmente no laboratório chinês. As declarações foram realizadas na última sexta-feira para a rádio francesa “Frequénce Médicale”.

O cientista francês afirmou que “o laboratório de alta segurança da cidade de Wuhan é especializada nesse tipo de vírus, o coronavírus, desde o começo dos anos 2000″.

Montagnier disse que os chineses estariam desenvolvendo uma vacina contra a Aids, e usaram um coronavírus para isso. “A história que veio de um mercado de peixes é uma lenda”, disse o virologista e médico francês.

Jader Lazarini

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