Coronavírus: FMI solicita que países implementem medidas monetárias e fiscais

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou que as autoridades políticas monetárias governamentais irão ter de impor novas medidas fiscais, monetárias e financeiras substanciais para diminuir o impacto que o surto global de coronavírus já teve sobre a economia.

Gopinath afirmou em uma publicação feita no site do FMI que suas principais indicações estão relacionadas a colocar dinheiro diretamente em mãos de famílias e empresas prejudicadas. Para ela, os cortes imediatistas feitos nas taxas de juros poderão até incentivar a economia, mas serão capazes de manter as atividades em alta por um longo prazo. A economista-chefe da autoridade monetária acredita que esses cortes acontecerão somente quando as condições dos negócios voltarem ao normal.

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“As famílias e empresas atingidas por interrupções no fornecimento e queda na demanda poderão ser direcionadas para receber transferências de dinheiro, subsídios salariais e isenção de impostos, ajudando as pessoas a atender às suas necessidades e as empresas a permanecerem à tona”, diz a publicação de Gopinath no site do FMI.

Gopinath também falou sobre o trabalho que terá que ser feito pelos bancos centrais, que deverão estar preparados para fornecer uma grande liquidez a bancos e outros tipos de instituições financeiras. “Particularmente àqueles que emprestam para pequenas e médias empresas, que podem estar menos preparados para suportar uma forte ruptura”, disse a economista-chefe do FMI.

“O estímulo fiscal de base ampla, consistente com o espaço fiscal disponível, poderá ajudar a elevar a demanda agregada, mas provavelmente será mais eficaz quando as operações comerciais começarem a normalizar”, acrescentou Gopinath.

FMI libera US$ 50 bilhões para ajudar no combate ao coronavírus

O Fundo Monetário Internacional (FMI) liberou, na última quinta-feira (5), aproximadamente US$ 50 bilhões, por meio de linhas de financiamento de emergência de desembolso rápido, para países de baixa renda e mercados emergentes que estão passando por dificuldades em decorrência do surto global de coronavírus.

Juliano Passaro

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