Como diversificar os investimentos na renda fixa?

A renda fixa é procurada pelos mais variados tipos de investidores para a composição de uma estratégia de diversificação na carteira de investimentos.

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Mas, para que o investidor garanta uma diversificação completa em seus investimentos, diminuindo ainda mais os riscos, é interessante buscar uma diversificação também dentro de cada classe de ativos, ao invés de manter um só investimento em renda fixa, por exemplo.

Mas afinal, é possível garantir diversificação dentro da renda fixa?

A Suno Notícias apurou que sim, é possível diversificar investimentos em renda fixa, e você pode conferir logo abaixo como começar. Esta matéria faz parte Semana da Renda Fixa, realizada com apoio da SVN Investimentos. Você pode ficar por dentro de tudo que está rolando neste link.

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Existe uma proporção ideal?

Para início de conversa, os gestores entrevistados pela Suno entraram em consenso ao afirmar que não existe uma proporção específica para uma boa diversificação de investimentos.

“A proporção vai mudar dependendo do cenário para cada tipo de investidor”, cravou Rafael Ohmachi, gestor de portfólio da RB Asset.

Eduardo Lobo, gestor de fundo de crédito da Somma Investimentos, acredita que os perfis de investimentos que encontramos ao realizar um cadastro em uma corretora servem como um indicativo para o direcionamento de produtos, mas nem eles são capazes de predizer uma alocação ideal ao investidor.

“Cada pessoa tem sua disposição de tomar risco, e isso também deve estar em linha com sua capacidade de tomar risco, e isso envolve diversas variáveis como idade, renda, patrimônio e horizonte de investimentos”, disse.

Portanto, o investidor deve individualmente mapear quais os critérios e objetivos referentes à sua carteira de investimentos e patrimônio que deverão ditar o perfil de risco de seus investimentos e transações.

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Saiba os ativos disponíveis (e como eles se complementam)

Ao contrário do que se imagina, o rol de investimentos disponíveis na renda fixa é bem vasto e pode ser dividido de acordo com alguns critérios.

Em primeiro lugar, o investidor pode escolher entre:

Dentre essas alternativas, é possível encontrar investimentos prefixados, que têm rentabilidade estipulada no momento da aplicação e os pós fixados, que têm sua rentabilidade indexada ao CDI, à Selic ou à inflação.

Lobo, da Somma Investimentos, acredita que uma mistura de títulos privados e públicos é o caminho para ter certa liquidez, além de mitigar riscos institucionais sem abdicar de muita rentabilidade.

Isso porque instituições privadas detém mais risco que as públicas, apesar de normalmente ofertarem liquidez e rentabilidade maior em suas emissões.

“O investidor mitiga o risco de calote presente nos títulos de crédito privado, como as debêntures, CDBs, CRIs e CRAs, além de conseguir tirar o maior proveito da remuneração em diferentes indexadores”.

“Em outros casos, também há o risco de liquidez, de não conseguirmos nos desfazer de um investimento no tempo e no preço que gostaríamos”, comenta.

Para a parte dos investimentos que é destinada à reserva de emergência, portanto, deve-se priorizar investimentos com alta liquidez, como alguns CDBs ou o Tesouro Selic.

E para os que desejam comprar títulos privados, fica a lembrança de que existem diferentes tipos de empresas emitindo dívidas no mercado, cada uma com sua devida reputação.

Nessas horas, o investidor deve escolher entre títulos High Grade, emitidos por fontes mais confiáveis, como empresas que detém a classificação de risco Triple A, ou títulos High Yield, que possuem maior chance de calote, mas compensam com taxas mais atrativas.

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Fundos de investimento em renda fixa são a solução?

Fundos de investimento são uma opção para os que procuram dar um passo inicial na diversificação dentro da renda fixa através de uma só diversificação. Mas, se por um lado, existe a conveniência de ter uma equipe profissional cuidando de sua carteira, existe a desvantagem do custo de manutenção envolvido nessa estrutura.

Lobo, da Somma, também afirma que os fundos de investimento, apesar de contarem com uma taxa de administração, são uma estratégia ágil para os que desejam diversificação com menos recursos.

“Além de ter a presença de uma equipe profissional para fazer a escolha dos ativos, o patrimônio dos fundos normalmente é bem superior ao patrimônio individual de um único investidor, o que facilita a alocação em diversos ativos diferentes, além de proporcionar acesso a títulos que não estariam disponíveis para qualquer pessoa”, diz.

Já André Ximenez, trader multimercados da Infinity Asset, acredita que os fundos de renda fixa se tornam uma opção ainda mais atrativa com a alta da Selic.

“Isso mantém a atratividade pros fundos, principalmente, pois vão oferecer um prêmio superior à taxa”, afirmou.

Se a Selic cair, como movimentar a carteira?

Já que muitos dos investimentos na renda fixa têm seus rendimentos atrelado à Selic, uma eventual queda na taxa faz com que ativos de maior risco, como as ações, se tornem mais atrativos.

Dentro da renda fixa, a alternativa para se blindar contra as oscilações da Selic não deixar de lado os investimentos atrelados a outras taxas, como os pré-fixados e os pós fixados atrelados à inflação.

E para o investidor mais arrojado, que considera variar sua composição de carteira com mais frequência, a depender do momento de oportunidade, Ximenez, da Asset, pontua que investimentos em renda fixa que detenham liquidez, ou seja, facilidade de resgate, podem ser uma boa estratégia de manutenção de caixa para investimentos mais arriscados.

“Em momentos em que você tem oportunidades de entrada na bolsa, como há 40 dias, em que se atingiu o patamar abaixo dos 100 mil pontos, quem tinha os recursos líquidos em um ativo de renda fixa, rendendo a juros altos, teve oportunidade de comprar a bolsa em níveis interessantes”.

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Laura Intrieri

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