Vinicius Torres

O que determina o preço das ações no longo prazo é o lucro!

Patamar dos lucros atuais das ações do Ibovespa não justifica as quedas. É oportunidade na certa.

O momento de queda da bolsa pode ser, justamente, quando surgem oportunidades para ir às compras.

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O motivo é simples: nada mudou no lucro das empresas. Pelo contrário: os últimos resultados vieram bastante positivos. E, como vamos provar hoje, o desempenho das ações em bolsa no longo prazo nada mais é do que um reflexo do lucro e dos resultados de modo geral.

As cotações das empresas seguem os resultados no longo prazo

O ponto que determina o desempenho das empresas são seus resultados, pelo menos no longo prazo. Isso é indiscutível. Assim, quanto maiores são os resultados, mais as ações sobem. Estão em jogo aqui indicadores como lucro, Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), receita, entre outros.

Nesse sentido, o gráfico abaixo mostra o desempenho em bolsa de quatro empresas durante 12 meses em relação ao seu Ebitda, demonstrando uma correlação direta. Ou seja, reforça a máxima de que quanto mais os resultados crescem, mais as ações sobem.

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Quanto menos você paga, menor o risco e maior é a margem de segurança

Quanto menos você paga por esses resultados, menor o seu risco. Por isso, quando a bolsa cai sem uma correspondência nos lucros, é quando surgem as assimetrias de preço. Esse é o momento ideal para comprar ações. Afinal, os preços estão mais baixos do que em “condições normais de temperatura e pressão”.

Para saber se está pagando um bom preço, portanto, analise indicadores como EV/Ebitda, que mostra a relação entre o valor de uma empresa e o Ebitda, e Preço/Lucro (P/L), que mostra o tempo necessário para a empresa recuperar seu valor de mercado através do lucro. Quanto menores eles forem, menos você pagará pelos resultados futuros.

Nesse sentido, o Ibovespa está negociando por volta de 7x o lucro estimado para as empresas que compõem o índice nos próximos 12 meses, em um nível extremamente descontado na comparação histórica. Para se ter uma ideia, o patamar é semelhante ao início da pandemia e ao período da crise de 2008.

É claro que você também deve observar outros indicadores, visto que muitas vezes estes são baixos porque o futuro da empresa não é promissor, ou porque há algum “problema” em seus negócios que deve fazer com que sejam reduzidos os retornos no longo prazo.

Mas no momento o que tem ocorrido é exatamente o contrário. Com o governo ameaçando furar o teto de gastos, o mercado perde a confiança na política econômica, exercendo pressão vendedora. Mas os resultados das empresas e os índices mundiais apontam em sentido contrário.

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Nos Estados Unidos, S&P 500 e Nasdaq 100 estão bem próximos das máximas históricas. Ainda, os resultados do segundo trimestre foram positivos, fazendo com o que o patamar dos lucros atuais das ações do Ibovespa não justifique as quedas, gerando um descasamento entre preço e resultados. É oportunidade na certa.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno

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Nota

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Vinicius Torres
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