Bruno Madruga

Blue Chips ou Small Caps: Qual tipo de ação escolher?

Termos são utilizados por investidores para se referir ao porte das companhias. Mas o que significam exatamente e qual caminho seguir dentro de uma estratégia de investimentos equilibrada?

Quem acompanha o mercado financeiro há algum tempo provavelmente já se deparou com os termos Blue Chips e Small Caps. Eles são utilizados por investidores para se referir ao porte das companhias. Mas o que significam exatamente e qual caminho seguir dentro de uma estratégia de investimentos equilibrada?

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Em primeiro lugar, vale uma breve introdução. As Blue Chips são as ações das empresas mais líquidas e mais negociadas dentro de uma bolsa de valores.

Elas representam as maiores companhias em termos de participação e lucros. São bastante conhecidas por pagarem dividendos robustos e regulares aos investidores.

Em outras palavras, são negócios já consolidados que oferecem uma segurança a mais para quem investe, ainda que estejam dentro da classe de renda variável, que por si só já oferece riscos.

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Para citar alguns exemplos conhecidos, quando pensamos em Blue Chips, nomes como Petrobras (PETR4), Petrobras (VALE3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) sempre são lembrados. Repare que essas corporações costumam apresentar uma resiliência importante em momentos de crise, com lucros pouco afetados de modo geral. Daí a escolha desses papéis como forma de “proteção” por algumas pessoas.

Já as Small Caps são o contrário do primeiro exemplo. Elas representam as empresas menos líquidas listadas em bolsa. Em geral, são associadas a companhias com menor valor de mercado, porém com grande potencial de crescimento.

Elas geralmente são procuradas por investidores com perfil mais agressivo, em busca de retornos mais robustos no longo prazo. Diferente das Blue Chips, elas não são famosas por pagarem dividendos, embora nada impeça que isto ocorra.

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Aqui trata-se de uma questão gerencial. As Small Caps, no geral, utilizam seus lucros para reinvestir no crescimento do negócio. Se tornar uma Blue Chip, diria, é o objetivo dessas companhias. Contudo, repito: nada impede a distribuição de lucros aos acionistas, embora não seja uma prática comum.

Por isso, caso a sua ideia seja receber dividendos, é preciso avaliar muito bem o ativo em questão, especialmente uma Small Cap.

Para trazer alguns exemplos desta classe listados em nossa bolsa, vale destacar alguns papéis que têm sido comentados já há algum tempo por gestores como, por exemplo, São Martinho (SMTO3), Locaweb (LWSA3) e Vamos (VAMO3).

Não cabe neste artigo comentar o mérito de cada uma dessas empresas e nem fazer algum tipo de recomendação. A ideia deste conteúdo é esclarecer alguns pontos para você e trazer exemplos para você, investidor (a), o que sempre contribui para um melhor entendimento das questões de mercado.

Dito isso, ainda que as duas categorias estejam dentro da renda variável, eu diria que os riscos são semelhantes, mas não iguais.

Obviamente, em ambos os casos, o investidor pode sofrer com a volatilidade e os ciclos de mercado, bem como com fatores externos sem previsibilidade. Contudo, no caso das Small Caps, o risco de liquidez também deve ser um ponto a ser considerado uma vez que uma grande venda pode “machucar” essas ações em uma proporção ainda maior.

Por fim, vale ressaltar que as duas estratégias cabem mesmo para investidores com perfil mais moderado, ainda que no caso das companhias de menor porte a recomendação seja apenas para aqueles mais “agressivos”. O importante aqui é entender a natureza do investimento, o segmento em que a empresa atua e balancear a carteira de forma a não gerar prejuízos inesperados.

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Respondendo ao questionamento inicial deste artigo, a escolha por Blue Chips ou Small Caps varia de acordo com os objetivos de cada pessoa, daí a necessidade de compreensão dos ativos.

Se você tem dúvidas, deixe nos comentários e me siga para receber os próximos artigos. Até o próximo!

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Nota

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