Gian Kojikovski

Os impactos da queda do Facebook para a economia global

Redes sociais tornaram-se uma das bases da nossa economia

Na última segunda-feira (04), o mundo todo foi impactado pela interrupção do funcionamento das plataformas do Facebook (FBOK34). O problema técnico – de acordo com a empresa – deixou a rede social central do Facebook, e seus aplicativos Instagram, WhatsApp e Messenger offline por cerca de cinco horas. Essa foi uma das falhas mais longas e abrangentes da história da companhia – algo que não ocorria desde 2019.

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A interrupção foi sentida pelos mais de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo que utilizam da Família Facebook para se comunicar, informar, entreter e em muitos casos, trabalhar. O impacto inevitavelmente atingiu as pequenas empresas e influenciadores digitais. Em 2020, o WhatsApp afirmou que 50 milhões de empresas comerciais usaram seu aplicativo de negócios em todo o mundo.

Os negócios que estão exclusivamente hospedados em redes do Facebook sem dúvidas foram mais afetados negativamente do que a própria plataforma, que deixou de arrecadar cerca de US$ 79 milhões em receita com anúncios, segundo cálculos do site de checagem de fatos Snopes feitos com base na receita da companhia no segundo trimestre deste ano.

No Twitter (TWTR34) – que surfou a interrupção do rival – algumas pessoas brincaram sobre o aumento do Produto Interno Bruno (PIB) após as falhas das redes, fazendo referência a maior produtividade. Embora a piada tenha certa graça, o efeito na economia global é o completo oposto. As plataformas do Facebook tornaram-se uma ferramenta fundamental para o dia a dia desses pequenos e médios negócios, além de serem um grande intermediário para a receita de marketing de grandes marcas.

Nos cálculos da Ferramenta de Custo de Desligamentos (COST), da NetBlocks, o Facebook, WhatsApp e Instagram fora do ar por uma hora significam uma perda aproximada de US$ 160 milhões para a economia global.

Custo com queda do Facebook
Custo com queda do Facebook

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Para ir um pouco além do Facebook, recentemente compartilhei em minhas redes um estudo do YouTube, conduzido pela Oxford Economics, mostrando que a rede social do Google impactou em R$ 3,4 bilhões do PIB brasileiro em 2020. São cerca de 122 mil empregos gerados em torno da plataforma de vídeos.

Faz bastante tempo que as redes deixaram de ser somente um meio de entretenimento. Elas também são mais do que o mercado de influenciadores digitais. Da clínica médica ao restaurante, redes sociais tornaram-se uma das bases da nossa economia e, provavelmente, o principal meio de geração e troca de informações da história.

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Nota

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Gian Kojikovski
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