Citi Brasil revê estimativa de alta do PIB anual de 1,4% para 0,9%

O Citi Brasil revisou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019. A reavaliação levou as projeções para baixo, e, assim, o número foi de 1,4% para 0,9%.

A previsão do Citi Brasil ocorre após divulgação do PIB trimestral pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso porque o instituto informou, nesta quinta-feira (30), que o crescimento do País teve uma queda de 0,2% nos primeiros três meses do ano.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

O resultado veio de acordo com as expectativas do mercado, porém, abaixo do estimado pelo Citi Brasil. “Reforçando as evidências já sugeridas no quarto trimestre do ano passado de que a economia vem perdendo força”, informou o banco.

Saiba Mais: PIB do Brasil tem queda de 0,2% no primeiro trimestre, diz IBGE

A instituição destaca que houve influências internas e externas no resultado do PIB. Para o Citi, o desemprego e o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) foram decisivos. Já no cenário externo, a crise na Argentine e a desaceleração da economia mundial também causaram impacto no indicador.

PIB trimestral

A retração do PIB é a primeira desde o último trimestre de 2016, quando registrou uma queda de 2,3%. Em valores, o total foi de R$ 1,714 trilhão. Assim, os números estão de acordo com o esperado pelo mercado. Além disso, o registro mostra uma estagnação da economia e uma piora das expectativas para 2019.

Saiba Mais: Boletim Focus: previsão do PIB cai pela 13ª vez seguida e índice vai a 1,23%

Em comparação com os primeiros três meses de 2018, a alta no indicador é de 0,5%. Já no acumulado do ano até março, o avanço é de 0,9%. De acordo com o IBGE, o principal fator de influência foi a forte queda da indústria extrativa. Isso porque o setor recuou 6,3%, como reflexo do desastre do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG).

“O incidente de Brumadinho e o consequente estado de alerta de outros sítios de mineração afetaram todo o setor”, explica a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.

Saiba Mais: Itaú reduz projeção do PIB no 1T e prevê retração de 0,2%

O resultado também foi puxado pela queda no setor industrial, que caiu 0,7%. Além disso, também influenciou a retração de 0,5% na agropecuária.

Beatriz Oliveira

Compartilhe sua opinião