CBA (CBAV3) abre em alta de 8% em estreia na B3; IPO movimenta R$ 1,6 bilhão

A Companhia Brasileira de Alumínio, CBA (CBAV3), estreou em alta na B3 nesta quinta-feira (15). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), os papéis da companhia abriram com um avanço de 8,66%, negociados a R$ 12,16, por volta das 10h34.

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Na última quarta-feira (14), a CBA precificou suas ações em R$ 11,20, abaixo da faixa indicativa, que ia de R$ 14 a R$ 18, apresentada no prospecto preliminar arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação da companhia, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, teve uma demanda abaixo do esperado.

Isso, porém, não foi suficiente para uma suspensão do IPO. Com as 125 milhões de ações da oferta base, metade primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa), metade secundária (quando vai para o bolso dos atuais acionistas), a companhia conseguiu movimentar R$ 1,6 bilhão na operação.

Na oferta, o grupo Votorantim vendeu uma parte de sua participação, operação pela qual embolsou R$ 910 milhões. A CBA será a segunda empresa do grupo a ter capital aberto. A primeira foi a Nexa, que atua no segmento de mineração.

A CBA chega à Bolsa com o valor de mercado acima de R$ 6,7 bilhões. No setor, ela concorrerá com Gerdau (GGBR4), Vale (VALE3) e Alcoa (NYSE: AA).

Os recursos líquidos da oferta serão destinados para o financiamento de projetos de expansão e aquisições, conforme reportado no prospecto do IPO. Estruturaram a oferta o Bank of America, BTG Pactual (BPAC11), Bradesco BBI, Citi, XP e UBS BB.

Sumário da CBA

Fundada em 1941, a CBA é hoje a única integrada de alumínio do Brasil, operando desde a mineração da bauxita até a produção de um portfólio de produtos primários, como (lingotes, tarugos, bobinas casterse placas) e transformados (folhas, chapas, bobinas, telhas, perfis extrudados).

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A estratégia da CBA está focada nos segmentos de produtos de alto valor agregado. A companhia detém ativos de mineração, industriais e de geração de energia.

A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 879,86 milhões, no ano passado, depois de um resultado negativo de R$ 34,54 milhões, em 2019.

Na mesma comparação, a receita líquida dos produtos vendidos e dos serviços prestados pela CBA saiu de R$ 5,26 bilhões para R$ 5,41 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu de R$ 706,96 milhões para R$ 862,42 milhões, no mesmo período.

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Jader Lazarini

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