BRF (BRFS3) cai 6% e fica entre as maiores quedas do Ibovespa; saiba por quê

As ações da BRF (BRFS3) caíram mais de 6% nesta quinta-feira (17), cotadas a R$ 10,45.

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A queda nas ações da BRF hoje ocorreu com os sinais de incerteza da economia global e com o impacto no mercado da minuta da PEC de Transição, que derrubaram o Ibovespa nesta quarta e também na quinta (17). A indefinição da política econômica do novo governo também afetou os papéis do setor frigorífico.

As ações da Minerva (BEEF3) caíram 4,52%, a R$ 12,90. Os papéis da Marfrig (MRFG3) tiveram leve baixa de 0,20%, cotadas a R$ 10,13, e os ativos da JBS (JBSS3) cederam 3,12%, negociados a R$ 23,94.

A BRF teve ainda um alívio na quarta-feira (16): analistas do Goldman Sachs elevaram a recomendação das ações da BRF  de “venda” para “neutro”, mantendo o preço-alvo em R$ 13,20.

Na opinião do Goldman Sachs, a retração recente das ações da BRF, que caíram 8% no dia seguinte à divulgação de resultados, dia 10 de novembro, ofereceu uma oportunidade para reavaliar o caso da BRF.

Os analistas veem ainda uma “recuperação operacional em curso”, com “mudanças recentes” da equipe de gestão e do conselho de administração.

O banco acredita que o ímpeto dos lucros da BRF está prestes a ganhar força. Este movimento, com a inflação de custos potencialmente mais baixa, o aumento da eficiência operacional e os bons resultados das divisões internacionais, deve sustentar a geração de fluxo de caixa e resultar em uma alavancagem sequencialmente menor a partir do 4T22.

Essa análise, porém, ainda não estimulou investidores a optar pelos papéis da BRF — o que deve acontecer no curto prazo.

“Negociando a 5,2x EBITDA futuro, vemos a BRF como uma das ações mais baratas dentro de seu grupo global”, disseram os analistas do Goldman Sachs.

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Entretanto, alguns desafios persistem como:

  • riscos de execução;
  • concorrência da JBS-Seara;
  • flexibilidade limitada do balanço de curto prazo; e
  • volatilidade potencial nos preços dos grãos.

Mas os analistas acreditam que o risco-recompensa da BRF está mais equilibrado agora, e os pontos negativos estão limitados às expectativas futuras de consenso.

No 3T22, a BRF reportou prejuízo líquido de R$ 137 milhões. A cifra foi 50,7% menor do que a apresentada no mesmo período do ano passado, quando o prejuízo tinha sido de R$ 277 milhões.

Entre julho e setembro, a receita líquida da BRF totalizou R$ 14 bilhões. Isso representa um avanço de 13,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Além disso, o Ebitda ajustado da BRF chegou a R$ 1,37 bilhão. Na comparação anual, houve um aumento de 0,5%.

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Ana Clara Macedo

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