BRF (BRFS3) aumenta prejuízo pelo segundo trimestre consecutivo, para R$ 271 milhões

A BRF (BRFS3) divulgou nesta quarta-feira (10) os seus resultados no terceiro trimestre de 2021. A companhia registrou prejuízo pelo segundo trimestre consecutivo, agora no valor de R$ 271 milhões. No mesmo período em 2020, a companhia registrou R$ 219 milhões de prejuízo. A BRF havia conseguido diminuir o número no 2T21, para R$ 199 milhões.

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A receita líquida teve crescimento de 24,6%. O valor alcançado foi R$ 12,3 bilhões, acima dos R$ 9,94 do terceiro trimestre no ano passado. A empresa conseguiu resultados equilibrados entre sua receita no Brasil e no mercado internacional.

Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da BRF foi de R$ 1,36 bilhão, um crescimento modesto de 3,9% comparado ao 1,31 bilhão do 3T20.

O frigorífico diz que, mesmo diante de um cenário extremamente adverso e desafiador durante o 3T21,  com efeitos da pandemia e ambiente inflacionário, a empresa reportou um EBITDA ajustado “que reflete sua capacidade de execução, sem perder o foco na visão de longo prazo.”

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BRF avança marketshare no Brasil e exterior

A receita líquida no mercado brasileiro teve alta de 20%, indo de R$ 5,3 bilhões para R$ 6.3 bilhões. A BRF afirma ter realizado repasse de preços para reequilibrar as margens da indústria brasileira, ante o cenário de inflação acentuado, apresentando o maior resultado para um terceiro trimestre desde 2015.

A companhia destacou a posição de liderança de suas marcas no mercado, com a Sadia alcançado pela primeira vez a liderança em preferência na categoria de alimentos, enquanto a Perdigão manteve sua posição no 3° lugar e a Qualy se mantém no topo antes concorrentes.

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Mas a alta no preço dos produtos refletiu nos hábitos de consumo dos brasileiros: o de carne per capita atingiu o menor patamar desde 1996. Por outro lado, a demanda por carne de frango e suína aumentou 1,45% e 4,7%, respectivamente.

Já no mercado internacional, a BRF reportou R$ 5,4 bilhões, 26,4% superior aos R$ 4,3 bilhões do 3T20. A demanda por alimentos continua aquecida, coma China e o Japão apresentando crescimento de volumes (19% e 15%, respectivamente).

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Isso se reflete no crescimento contínuo dos volumes de exportação da empresa, que é favorecida pela alta do dólar. O aumento neste trimestre foi de 32%, principalmente pela demanda no Oriente Médio, Norte da África e Américas. A BRF diz que mantém a liderança nas exportações para a Arábia Saudita e expande seus negócios com a obtenção de cotas de exportação para o México, além de maiores volumes para Europa, Américas e África.

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Bruno Galvão

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