Radar: Bradespar (BRAP4) e Multiplan (MULT3) anunciam dividendos milionários e Méliuz (CASH3) propõe grupamento e desdobramento das ações

Conselho de Administração da Bradespar (BRAP4) aprovou nesta segunda (27) a proposta de pagamento no total de R$ 470 milhões em dividendos. Segundo fato relevante divulgado hoje, a Assembleia Geral Ordinária, prevista para 27 de abril de 2023, vai deliberar sobre essa distribuição dos proventos.

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O valor dos proventos da Bradespar será diferente entre as ações ordinárias (R$ 1,1227) e preferenciais (R$ 1,2350), que serão pagos no dia 15 de maio deste ano — caso seja aprovado em assembleia.

Apenas os investidores com ações da BRAP4 no dia 27 de abril terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 28 de abril, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.

A companhia informou que os juros sobre capital próprio serão computados no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previstos em seu estatuto social.

 Confira abaixo mais detalhes dos valores dos proventos.

Dividendos da Bradespar (BRAP4)

  • Valor total dos dividendos: R$ 470.000.000,00
  • Valor por ação: R$ 1,122770724 (ordinária) / R$ 1,235047796 (preferencial)
  • Data de corte: 27 de abril
  • Data do pagamento: 15 de maio
  • Rendimento (dividend yield) do pagamento: 12,63%

Além do Bradespar, confira outros destaques desta segunda-feira:

Multiplan (MULT3) distribuirá R$ 75 milhões em JCP; confira valor por ação

  • De acordo com o fato relevante, haverá a dedução de 15% do Imposto de Renda (IR) ao valor dos proventos da Multiplan, sendo excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
  • Além disso, apenas os investidores da MULT3 na base acionária da próxima quinta (30) terão direito de receber os rendimentos. A partir da sexta (31), as ações serão negociadas sem direito ao JCP.
  • Segundo o fato relevante, o pagamento do JCP da Multiplan ocorrerá até o dia 31 de março de 2024. Confira os detalhes abaixo:

JCP da Multiplan (MULT3)

  • Valor total do JCP: R$ 75.000.000,00
  • Valor bruto por ação: R$ 0,12814336091
  • Data de corte: 30 de março de 2023
  • Data do pagamento: até 31 de março de 2024

Méliuz (CASH3) propõe grupamento e desdobramento das ações ordinárias; entenda

  • conselho de administração da Méliuz (CASH3) propôs o grupamento de ações na proporção de uma para 100 e desdobramento simultâneos de uma ação para 10, sem alteração no valor do capital social atual da companhia. Cada ação da companhia vale hoje pouco mais de R$ 1.
  • Segundo fato relevante publicado na noite desta segunda-feira (27), as operações têm por objetivo ajustar a base acionária da Méliuz, “que atualmente é composta por um grande número de acionistas que possuem participações inferiores ao lote padrão de 100 ações”.
  • Com isso, segundo a companhia, será possível “gerar eficiência ao sistema de escrituração e promover a economia de custos operacionais e administrativos”. Possibilitando, assim, um ajuste na cotação das ações, “tornando o preço por ação mais atrativo a um maior número de investidores”.
  • Ainda segundo o comunicado, as mudanças propostas precisam da aprovação na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que será oportunamente convocada. 

Lucro da Bradespar (BRAP4) recua 74% no 4T22 aos R$ 749,04 milhões; confira números

  • No último trimestre do ano passado, a receita operacional da Bradespar foi de R$ 670,7 milhões, queda de 77% na base anual. Já no acumulado do ano de 2022, a receita operacional foi de R$ 3,7 bilhões, “um dos melhores resultados da sua história”, destaca a empresa no release que acompanha o relatório de resultados do 4T22.
  • Destaca-se, ainda, que esse valor já reflete a operação de redução de capital — concluída em 20 de dezembro de 2021, através da participação acionária da Bradespar na Vale, de 5,73%, foi reduzida, com a consequente entrega de ações da Vale aos acionistas da Bradespar. Atualmente, o porcentual de participação é de 3,64% do capital votante, informou a companhia.
  • “Ressalta-se o robusto desempenho da Vale no ano que se encerrou, principalmente para os maiores volumes de venda de minério de ferro, além dos maiores preços realizados nos segmentos de níquel e cobre”, complementa.

Ânima (ANIM3) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 169,4 milhões no 4T22

  • Ânima Educação (ANIM3) apresentou, no quarto trimestre de 2022, lucro líquido de R$ 169,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 152,8 milhões do último trimestre de 2021. O lucro líquido ajustado, por sua vez, foi de R$ 210,7 milhões, ante prejuízo de R$ 92,3 na mesma base de comparação.
  • Ebitda da Ânima (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) soma R$ 123,1 milhões, retração de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem Ebitda de 14,6%, -2,0pp na mesma base comparativa. O Ebitda ajustado da Ânima veio em R$ 178,7 milhões, 12,3% superior ao quarto trimestre de 2021, com margem Ebitda ajustada de 21,1%, +2,4pp sobre o mesmo período.
  • receita líquida da Ânima foi de R$ 845,1 milhões, 0,4% inferior na comparação anual.
  • geração de caixa operacional da Ânima no quarto trimestre terminou em R$ 176,7 milhões, alta de 3,9% ano contra ano, enquanto a geração de caixa livre ex-desinvestimentos totalizou R$ 24,2 milhões, ante R$ 46,6 milhões no último trimestre do ano anterior.

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Itaú (ITUB4) lidera ranking de marcas mais valiosas; Nubank (NUBR33) estreia na lista à frente da Petrobras (PETR4)

  • Itaú (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) possuem as marcas mais valiosas do Brasil. Segundo o levantamento da consultoria Interbrand, os dois bancos viram o valor das marcas aumentar. Além disso, o Nubank (NUBR33) estreou no ranking, enquanto a Americanas (AMER3) teve a maior queda no valor de marca no período.
  • Apontado como a marca mais valiosa do Brasil em 2022, o Itaú é avaliado em R$ 44,4 bilhões, crescimento de 9% em um ano. Em seguida vem um concorrente de peso, o Bradesco (BBDC4), avaliado em R$ 28,6 bilhões, alta de 4% em relação a um ano antes.
  • O ranking, que tem 25 marcas, teve uma estreia neste ano: o Nubank, com a marca avaliada em R$ 3,8 bilhões, à frente da Petrobras, cujo valor é de R$ 3,5 bilhões, e da Magazine Luiza (MGLU3), estimada em R$ 3 bilhões.
  • “As marcas de maior crescimento do estudo foram as que souberam se adaptar as rápidas alterações comportamentais de seu público nesta era em que a rapidez e certeza da mudança dão forma ao novo normal”, disse em nota o CEO da Interbrand, Beto Almeida.
  • Do setor financeiro, também figuram no ranking das marcas mais valiosas o Banco do Brasil (BBAS3), na 5ª posição, XP Investimentos, na 12ª posição, Cielo (CIEL3), na 18ª posição, e, PagSeguro (PAGS34), na 22ª.

Cemig (CMIG4) privatizada? Empresa bilionária se prepara para eventual mudança

  • Uma das principais companhias de Minas Gerais, a Cemig (CMIG4) está dando os primeiros passos rumo à sua privatização. Nesta segunda (27), os executivos da empresa de energia defenderam que o governo do Estado intensifique a mobilização em torno desta agenda.
  • “Fomos limpando essas pautas e a nossa cabeça voltou mais para a gente tentar cada vez mais focar em Minas, sair de ativos de baixa rentabilidade ou até rentabilidade negativa. Isso permitiu que a gente voltasse mais o trabalho para a privatização”, afirmou Márcio Utsch, presidente do conselho de administração da Cemig, em alusão aos desinvestimentos em parcerias como a Light (LIGT3) e a Renova (RNEW4).
  • De acordo com a Reuters, Utsch disse que vê um ambiente mais favorável para que a privatização da Cemig seja debatida e saia do papel “neste mandato” dos deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
  • “A intenção nossa é ‘já’, não queremos perder tempo nenhum. Temos tido reuniões no governo [de Minas Gerais], Reynaldo [Passanezi, presidente-executivo da elétrica] e eu, a gente enfatiza o tempo todo a necessidade de uma mobilização já junto à Assembleia”, comentou Utsch.
  • “É muito bom para a Cemig passar por um processo de privatização, se transformar em uma corporação. Irá gerar valor. Esse processo de criação de valor se acelera ainda mais em um movimento em que a gente tenha que virar corporation, eventualmente ser privatizada”, disse Reynaldo Passanezi, CEO da Cemig.
  • Contudo, os executivos não arriscam uma data para que a companhia seja privatizada, tendo em vista que o governo de Romeu Zema tem outras prioridades por enquanto.

Dasa (DASA3): ações disparam 7% com follow-on à vista; XP vê oferta com bons olhos

  • As ações da Dasa (DASA3) fecharam em alta na Bolsa nesta segunda (27), após a companhia anunciar que pretende fazer um follow-on no valor de R$ 1,5 bilhão. Os papéis encerraram com alta de 6,97%, ao preço de R$ 8,13.
  • Na última sexta (24), a empresa afirmou que a família Bueno, controladora do negócio, aportará R$ 1 bilhão nesta iniciativa de emitir novas ações da Dasa, enquanto o BTG Pactual (BPAC11) colocará os R$ 500 milhões restantes.
  • “No âmbito da Potencial Oferta, a companhia pretende emitir um bônus de subscrição a cada 10 novas ações emitidas, sendo que cada bônus de subscrição dará direito ao investidor de subscrever uma nova ação, no prazo de até 24 meses contados da liquidação da Potencial Oferta e pelo mesmo preço das ações emitidas na Potencial Oferta, em janelas a serem fixadas pelo conselho de administração da companhia”, destacou a empresa em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Da Bradespar à Méliuz, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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