Bradesco corta dois vice-presidentes por conta da receita

O Bradesco anunciou nesta segunda-feira (14) a redução do número de vice-presidências.

Por causa de uam série de mudanças internas, o número de vice-presidências passará de seis para quatro. Os ex-vice-presidentes do Bradesco, Maurício Minas e Josué Pancini, operarão apenas no conselho de administração. Uma decisão tomada também por causa do volume de receitas do banco, menor que o dos concorrentes.

Minas era responsável por Tecnologia e Operações, enquanto Pancini era o encarregado da gestão da Rede de Atendimento. A vice-presidência do Bradesco prosseguirá composta por:

  • Eurico Fabri: Varejo e Rede de varejo;
  • Marcelo Noronha: Atacado;
  • Cassiano Scarpelli: Alta renda e Rede de alta renda;
  • André Cano: Jurídico, Recursos Humanos e assume a partir de hoje Operações e Tecnologia.

A gestão da Rede de Atendimento será dividida conforme a segmentação de clientes.

O banco não comentou a reestruturação da vice-presidência.

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Diretoria do Bradesco

No início de cada ano, o Bradesco costumeiramente realiza mudanças na diretoria do banco.

Outro anúncio desta segunda-feira, confirmado pela instituição financeira, é a saída da diretora-executiva Denise Pavarina. Após mais de 30 anos de casa, Pavarina sai alegando razões pessoais.

Segundo fontes ouvidas pelo “Valor Econômico”, a diretora estava descontente.

As funções de Pavarina serão acumuladas por Cano.

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Concorrência

Octavio de Lazari Junior, nomeado CEO do Bradesco em fevereiro do ano passado, substituiu Luiz Carlos Trabuco, que permaneceu apenas na presidência do conselho.

Lazari busca tornar a instituição mais ágil, e por isso simplifica a estrutura dos cargos.

O objetivo do presidente-executivo é aumentar a rentabilidade do banco, que foi superado pelo Santander em termos de retorno sobre Patrimônio Líquido.

No terceiro trimestre de 2018 um avanço pôde ser identificado. A rentabilidade acumulada no ano sobre o Patrimônio Líquido foi de:

  • Bradesco: 19%
  • Santander: 19,5%
  • Itaú Unibanco: 21,3%

Para as entidades financeiras, o mercado começou a melhorar no ano passado, após a crise que custou bilhões de reais em provisões contra calotes.

Focado em varejo e micro, pequenas e médias empresas, o Bradesco lucrou R$ 14 bilhões entre janeiro e setembro. A carteira expandida de crédito somava R$ 523,4 bilhões no fim do terceiro trimestre, com ala de 7,5% em 12 meses.

Amanda Gushiken

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