Bradesco não vai fechar capital da Cielo, afirma presidente do banco

O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, afirmou na última sexta (14) que o banco não vai fechar o capital da Cielo. A declaração foi dada num encontro anual com jornalistas.

A Cielo, empresa de máquinas de cartão e soluções de pagamento, é controlada pelo Bradesco em sociedade com o Banco do Brasil. É a maior empresa de meios de pagamento do País e tem aproximadamente metade de participação do mercado.

Entretanto, ela tem sofrido com a rápida multiplicação de concorrentes, e isso assustou investidores. Efeito disso pode ser sentido na bolsa. Suas ações já caíram quase 60% este ano.

Saiba mais: Itaú e Bradesco estão na lista dos 10 maiores dos EUA e América Latina

Mas a Cielo reagiu a esse aumento da concorrência. Assim, empresa começou a vender terminais de pagamento com as bandeiras do Banco do Brasil e Bradesco em suas agências. De Lazari disse que, no Bradesco, já foram vendidos 370 mil desses terminais.

Precificação da Cielo não reflete seu poder de gerar valor, dizem executivos

Executivos do Bradesco consideram que o potencial da Cielo em gerar valor aos acionistas está subestimado no mercado. Apesar disso, o banco avalia ser melhor a Cielo continuar como empresa listada, pois o capital que o Bradesco disporia numa recompra poderia ser usado para gerar retorno aos acionistas.

O Bradesco espera que o estoque de empréstimos do setor financeiro do País cresça cerca de 10% em 2019. Isso é válido tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Portanto, uma das opções avaliadas é ampliar as operações de crédito.

“Essa recuperação da economia pode nos ajudar a sustentar nossos níveis de rentabilidade”, disse o presidente. O banco teve retorno anualizado sobre o patrimônio líquido de 19% no terceiro trimestre.

Mesmo assim, De Lazari disse que o Bradesco está preparado para competir em diversas áreas do setor financeiro. Além disso, ele também afirmou não esperar que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, promova a privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião