Bolsas mundiais operam no azul em dia de eleições nos EUA; S&P sobe 1,2%

As bolsas mundiais operam em alta nesta terça-feira (3), horas antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Os eleitores norte-americanos escolherão entre o atual presidente Donald Trump e o democrata Joe Biden para comandar o país durante os próximos quatro anos. No início desta semana, o mercado reage bem às incertezas.

Por volta das 8h40, os mercados futuros de Nova York, assim a maior parte das bolsas mundias, indicavam para mais um dia de ganhos. O S&P 500 futuro apresentava um avanço de 1,17%, para 3.339,25 pontos — o mercado à vista encerrou o último pregão com uma alta de 1,16%. O índice da Nasdaq apresentava uma alta de 0,48%, atingindo 11.116,00 pontos, enquanto os futuros de Dow Jones subiam 1,58%, para 27.208,0 pontos.

Desde as últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 8 de novembro de 2016, o S&P 500 avançou cerca de 55%. Agora, os investidores prevêem que o Biden possui maiores chances de ser eleito, ao passo que os democratas podem tomar conta do Congresso — o que pode favorecer um novo pacote de estímulos financeiros frente à pandemia.

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O mercado passa a demonstrar maior otimismo após semanas de volatilidade de que um resultado eleitoral contestado pode não produzir um vencedor claro por algum tempo e questionar o rumo da economia.

Segundo o site Fivethirtyeight, plataforma que usa como parâmetro todas as pesquisas de intenção de voto formuladas por jornais e instituições, compilando dados de todo o processo eleitoral e fazendo simulações diárias com novas perspectivas do mercado, até o último domingo (1) Biden possuía 53,3% das intenções dos votos populares, enquanto Trump contava com 45,4%.

Na Europa, apesar do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os mercados também operam no azul após o início das negociações. Por volta das 8h53, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,80%, a 11.996,00 pontos. O índice francês, CAC 40, subia 2,04%, enquanto o britânico FTSE 100 avançava 1,89%.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 2,37%, a 18.815,50 pontos, ao passo que a Espanha apresentava um ganho de 1,63%. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,80%, para 3.073,95 pontos.

No último fim de semana, o lockdown foi restabelecido na Inglaterra, por determinação do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. A começar a partir da próxima quinta-feira (5), a determinação valerá até o início de dezembro — escolas, postos de trabalho e atividades físicas estão liberadas.

“Temos que ser humildes diante da natureza. Neste país, infelizmente, como em grande parte da Europa, o vírus está se espalhando ainda mais rápido do que o pior cenário possível de nossos consultores científicos”, afirmou o premiê britânico.

A decisão de Johnson segue a imposição de restrições parecidas na França e na Alemanha no início da última semana. O Velho Continente se tornou o epicentro da crise mundial da doença, com as 27 nações da União Europeia (UE) e o Reino Unido registrando mais de 195 mil casos diários em média nos últimos 10 dias.

Na Ásia, de forma similar, os mercados fecharam de forma positiva. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, subiu 1,42%, a 3.271,07 pontos. A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão em alta de 1,39%.

O mercado chinês, sobretudo, foi impulsionado pelos ganhos em ações de bancos e de materiais, com os investidores acreditando mais em uma recuperação econômica rápida da pandemia e forte perspectiva de vendas para carros movidos a novas energias. Papéis de semicondutores também avançaram, de olho na operação da Huawei.

O principal índice de Hong Kong, Hang Sang, avançou 1,96%, para 24.939,73 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, subiu 1,88%, para 2.343,31 pontos.

Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 9h03:

  • S&P 500 futuro: +1,33%
  • Nasdaq futuro: +0,68%
  • DAX 30: +1,83%
  • FTSE 100: +2,02%
  • Euro Stoxx 50: +1,88%
  • SSE Composite: +1,42%
  • Nikkei 225: +1,39%

Os mercados futuros e bolsas mundiais continuam atentos às incertezas causadas não somente pelo coronavírus, mas também pelas tensões internacionais acentuadas por ele, além de registrarem a tradicional volatilidade antes de eleições presidenciais nos Estados Unidos.

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Jader Lazarini

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