Bolsas asiáticas fecham em alta após China manter juros; Europa cai à espera do Fed

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (20), após o banco central chinês (PBoC) deixar suas principais taxas de juros inalteradas e à espera do anúncio de política monetária do Federal Reserve, ou Fed, como é conhecido o BC dos EUA.

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Esse cenário pode influenciar as negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,55%, a 3.079,69 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,61%, a 1.806,61 pontos. No fim da noite de ontem, o PBoC manteve suas taxas de juros de referência para empréstimos (LPRs) de 1 e 5 anos em 3,45% e 3,95%, respectivamente. No mês passado, a taxa mais longa havia sido reduzida.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve alta marginal de 0,08% em Hong Kong, a 16.543,07 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 1,28% em Seul, a 2.690,14 pontos. Na contramão, o Taiex caiu 0,37% em Taiwan, a 19.784,45 pontos.

Já a bolsa de Tóquio não operou hoje devido a um feriado, um dia após o Banco do Japão (BoJ) elevar seu juro básico pela primeira vez em 17 anos, de -0,1% para a faixa de 0% a 0,1%.

Investidores na Ásia e em outras partes do mundo estão na expectativa pela decisão de política monetária do Fed, a ser anunciada à tarde. Como o BC americano deverá manter seus juros nos níveis atuais pela quinta vez consecutiva, as atenções vão se voltar para novas projeções para a economia dos EUA e estimativas de quantos cortes de juros poderão ocorrer este ano.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho, pressionada por ações de algumas das maiores empresas negociadas em Sydney. O S&P/ASX 200 recuou 0,10%, a 7.695,80 pontos.

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Europa cai à espera do Fed

As bolsas europeias têm queda majoritária na manhã desta quarta-feira, com as de Paris e Londres pressionadas por uma forte queda de ações do setor de luxo, enquanto investidores aguardam decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Confira o desempenho dos índices por volta das 07h50:

Londres (FTSE100): -0,18% a 7.724 pontos
Frankfurt (DAX): +0,16% a 18.016 pontos
Paris (CAC 40): -0,53% a 8.157 pontos
Madrid (Ibex 35): -0,04% a 10.697 pontos
Europa (Stoxx 50): -0,08% a 5.003 pontos

A Kering, holding francesa especializada em artigos de luxo, alertou ontem sobre um esperado declínio na receita deste primeiro trimestre em função de uma acentuada queda nas vendas de sua marca Gucci na região da Ásia e do Pacífico. No horário acima, a ação da Kering tombava 14% em Paris.

Outras tradicionais empresas do ramo de luxo seguiram o rastro da Kering: também no mercado francês, a LVMH e a Christian Dior tinham baixas de 2,9% e 3,1%, respectivamente, enquanto em Londres, a Burberry caía quase 4%.

À tarde, é amplamente esperado que o Fed deixe seus juros inalterados pela quinta vez consecutiva. Por isso, as atenções vão se voltar para novas projeções para a economia dos EUA e estimativas de quantas vezes os juros americanos poderão ser reduzidos este ano.

Também no escopo da política monetária, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse mais cedo que é preciso avançar mais no processo de desinflação da zona do euro e que dados econômicos dos próximos meses “ajudarão a formar um quadro ainda mais claro” para uma eventual decisão sobre cortes de juros.

Amanhã, o Banco da Inglaterra (BoE) define seu juro básico, mas não há previsão de mudanças, mesmo após pesquisa de hoje mostrar que a inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido desacelerou mais do que o esperado. A taxa anual do CPI britânico ficou em 3,4% em fevereiro, um pouco abaixo do previsto.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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