Boletim Focus: Projeção para PIB passa de queda de 4,81% para 4,80%

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (9), voltou a elevar a expectativa de melhora para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. De acordo com a publicação do Banco Central (BC), os especialistas do mercado esperam que o PIB de 2020 seja de -4,80%. Na semana passada a previsão era de -4,81% e nas últimas quatro semanas, os especialistas do mercado esperavam uma queda de 5,03%.

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Vale lembrar que, em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em junho, os especialistas esperavam por uma contração de 6,28% na economia brasileira, algo sem precedentes na história.

No segundo trimestre deste ano, a economia foi contraída 9,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do resultado auferido entre julho e setembro ocorrerá no dia 3 de dezembro. Para o ano que vem, a previsão do BC é de um crescimento de 3,34%. Por mais de cinco meses consecutivos, essa estimativa foi de um avanço de 3,50%.

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Para 2021, o órgão normativo monetário do País estimou um crescimento de 3,31% na economia brasileira. Na semana passada, a expectativa era de 3,34%.

Boletim Focus eleva previsão da inflação pela 13ª semana

O Boletim Focus, no relatório divulgado nesta segunda-feira, elevou pela décima terceira semana a inflação deste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 3,20%.

Quatro semanas atrás, a projeção dos analistas ouvidos pelo Banco Central era de um aumento nos preços na ordem de 2,47%, enquanto na semana passada, a estimativa estava em 3,02%. O Boletim Focus desta segunda-feira também marca a 17ª semana consecutiva de aumento na projeção para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), para 20,47%.

Na hipótese de que as estimativas se confirmem, a inflação deste ano ficará abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O alvo definido pela autoridade monetária é de uma inflação de 4%, com 1,5 ponto percentual de tolerância, ficando entre 2,5% e 5,5%. Essa meta, no entanto, já foi consideravelmente mais distante ao longo do ano.

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De acordo com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para inflação no horizonte relevante  para a política monetária.

Para 2021, o órgão normativo monetário do País estipulou a meta de 3,75%, com variação entre 5,25% e 2,25%. O BC estima um aumento dos preços na ordem de 3,17% em 2021.

No que se refere à taxa básica de juros da economia (Selic), os especialistas do mercado esperam a permanência de 2% até o fim deste ano, patamar mais baixo da série histórica. Para o ano que vem, no entanto, a Selic deve subir para 2,75%, após consecutivas semanas com a estimativa de 2,50%.

Confira, em detalhes, as projeções mais importantes para 2020 e 2021:

2020

  • PIB: a projeção é de uma retração da economia em 4,80%;
  • IPCA: a projeção subiu para 3,20%, com uma meta central de 4%;
  • Taxa Selic: a previsão fica em 2%;
  • Dólar: a previsão subiu para R$ 5,45;
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit passou de US$ 58,70 bilhões para US$ 57,90 bilhões;
  • Investimento Estrangeiro Direto: os economistas indicaram que será de US$ 50 bilhões;
  • Déficit Primário: a previsão ficou em -11,90%;
  • Resultado Nominal: a expectativa do déficit ficou em -15,70%.

2021

  • PIB: a projeção do crescimento da economia passou de 3,34% para 3,31%;
  • IPCA: a projeção subiu para 3,17%;
  • Taxa Selic: a estimativa foi para 2,75%;
  • Dólar: os especialistas mantiveram a projeção para R$ 5,20;
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit subiu para US$ 55 bilhões;
  • Investimento Estrangeiro Direto: a previsão ficou em R$ 65 bilhões;
  • Déficit Primário: a previsão ficou em -3,00%;
  • Resultado Nominal: a expectativa do déficit caiu para -6,75%.

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central. São utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil.

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Poliana Santos

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