BlackRock registra resgates de US$ 13 bilhões de fundos de longo prazo

A gestora BlackRock viu seus clientes sacarem um total líquido de US$ 13 bilhões de fundos de investimentos de longo prazo, que incluem fundos mútuos e ETFs, perdendo por uma larga margem na comparação com as entradas de US$ 50 bilhões que os analistas consultados pela Bloomberg projetavam.

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Os resgates marcaram as primeiras saídas desde o início da pandemia em 2020. Nesse sentido, os saques indicaram que os investidores optaram por manter seus recursos em fundos do mercado monetário, aqueles que investem em títulos de curto prazo altamente líquidos, ou em estratégias de títulos específicas, aproveitando as taxas de juros elevadas.

Na última sexta-feira, as ações da BlackRock fecharam em queda de 1,34% em Nova York, negociando a US$ 627,50.

O CEO da gestora, Larry Fink, afirmou em comunicado que pela primeira vez em quase duas décadas os clientes estão obtendo um retorno real em dinheiro e podem esperar por mais segurança política e de mercado antes de arriscar novamente acrescentando que a dinâmica pesou sobre a indústria no último trimestre.

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De acordo com a Bloomberg, os clientes alocaram um montante de US$ 15 bilhões no segmento de gestão de caixa e em fundos do mercado monetário da empresa. Investiram também US$ 29 bilhões em ETFs da empresa e US$ 13 bilhões em fundos de renda fixa. Por outro lado, retiraram US$ 7,7 bilhões de fundos ativos.

O montante total de ativos sob gestão sofreu uma queda de 3,2%, caindo para US$ 9,1 trilhões em comparação aos US$ 9,4 trilhões do trimestre anterior. As retiradas líquidas totais incluíram US$ 49 bilhões provenientes de produtos de índices de ações institucionais com taxas mais baixas, incluindo US$ 19 bilhões de um único cliente.

O lucro líquido ajustado da BlackRock aumentou 13% em relação ao ano anterior, para US$ 1,6 bilhão, ou US$ 10,91 por ação, superando a estimativa média de Wall Street de US$ 8,20. A receita aumentou 5%, para US$ 4,5 bilhões.

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Allan Ravagnani

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