Argentina atinge US$ 2 bilhões em empréstimos com o Banco Mundial

O Banco Mundial liberou um montante de US$ 900 milhões em crédito à Argentina. A cifra deve ser liberada ao longo dos próximos seis meses. A conformação foi feita após o encontro, nos Estados Unidos, do diretor de operações do Banco, Axel van Trotsenburg, com o ministro da Economia da Argentina, Sérgio Massa.

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No acumulado de 2022, afora este empréstimo, o Banco Mundial já desembolsou US$ 1,1 bilhão à Argentina, que se encontra em crise e com uma inflação descontrolada. Na última leitura do índice de preços ao consumidor amplo (CPI, na sigla em inglês), foram registrados 71% de inflação no acumulado dos últimos 12 meses.

“O ministro e van Trotsenburg confirmaram seu compromisso de continuar trabalhando juntos para promover o crescimento inclusivo e sustentável na Argentina”, afirma o documento sobre o empréstimo.

Segundo o Banco Mundial, os programas irão incluir apoio a obras de esgoto, sistema universal de saúde, capacitação para a criação de empregos e medidas de proteção social para crianças pobres.

Em sua conta no Twitter (TWTR34), Massa agradeceu o “forte apoio” do Banco Mundial à Argentina e seu “reconhecimento pelas medidas que tomamos para estabilizar a macroeconomia e fortalecer as reservas”.

Segundo ele, com projetos de desenvolvimento no país de US$ 9,1 bilhões, o Banco Mundial é hoje “um aliado estratégico da Argentina e continuará sendo”.

Massa teve ainda uma agenda concentrada em investidores de lítio na Argentina.

A ocasião mais aguardada da visita aos Estados Unidos, o encontro do ministro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, está marcado para o próximo dia 12.

Na Argentina, ao longo de 2022, esperam-se pagamentos ao FMI de cerca de US$ 19 bilhões, em 2023 outros US$ 20 bilhões e, em 2024, cerca de US$ 4 bilhões a mais.

O governo está procurando chegar a um acordo que prolongue as condições de pagamento e substitua o atual programa de “stand-by” dessa dívida.

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Argentina sofre em crise exibida pelo dólar paralelo

O dólar blue, ou dólar paralelo, é negociado por cerca de 280 pesos hoje em meio ao desgaste econômico do país.

Ainda em julho, conforme reportado pelo Suno Notícias, o dólar paralelo chegou a 300 pesos, com expectativas de que o país termine o ano com uma inflação na casa dos 90%.

Neste mês em questão, o spread chegou perto dos 140% em relação à taxa de câmbio oficial.

O dólar blue, vale lembrar, é um termo utilizados desde meados de 2011 para se referir ao câmbio paralelo, por conta das restrições à aquisição de moeda estrangeira que a AFIP (Administración Federal de Ingresos Públicos, órgão de arrecadação de impostos) e o Banco Central da República Argentina haviam firmado na época.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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