Apoio do mercado ao governo Bolsonaro cai 16 pontos em fevereiro

O apoio do mercado financeiro ao governo do presidente Jair Bolsonaro sofreu um abalo no último mês. Entre janeiro e fevereiro, caiu 16 pontos percentuais, de 86% para 70%. Os dados são de uma pesquisa realizada pela XP Investimentos com 122 investidores entre 24 e 27 de fevereiro e divulgada nesta sexta (1º).

De um mês para cá, os investidores que avaliam o governo Bolsonaro como regular subiu de 13% para 27%, e os que o consideram ruim ou péssimo aumentaram de 1% para 3%. A expectativa de que sua gestão será ótima ou boa, porém, manteve-se estável, em 86%. Quem espera um governo regular agora são 12%, contra 10% em janeiro. Para ruim ou péssimo, a porcentagem caiu de 3% para 2%.

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A avaliação sobre o Congresso melhorou. Os investidores que o consideram ótimo ou bom foram de 23% para 30%, regular, de 59% para 48%, e ruim e péssimo, de 18% para 21%.

A pesquisa também sondou o mercado financeiro acerca das expectativas com a reforma da Previdência. A questão “Preocupação do investidor com a reforma da Previdência caso fosse obrigado a ter ativos brasileiros pelos próximos 12 meses” gerou reações distintas. De janeiro para fevereiro, os “muito preocupados” caíram de 48% para 41%, enquanto os “preocupados” aumentaram de 20% para 25%. Quem está “pouco preocupado”, manteve-se praticamente estável, de 28% para 27%. E quem não está “nada preocupado” foi de 5% para 7%.

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Os investidores agora consideram que a reforma tem 80% de chance de aprovação, contra 75% no mês passado. A expectativa do mercado com o que a economia gerada pela reforma é de R$ 700 bilhões, bem abaixo do R$ 1,165 trilhão previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Trata-se de uma desidratação de R$ 465 bilhões, ou 40%.

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A tramitação da reforma no Congresso também foi abordada. A maior parcela dos entrevistados (41%) acha que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) passará na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em abril. Outros 35% consideram que ela será aprovada em comissão especial em maio e 39% acham que a PEC passará na primeira votação na Câmara em junho.

Quando a PEC será aprovada na CCJ:

  • Março: 25%
  • Abril: 41%
  • Maio: 21%
  • Junho: 8%
  • Julho: 1%
  • Agosto a dezembro: 4%

Quando a PEC será aprovada na comissão especial:

  • Abril: 6%
  • Maio: 35%
  • Junho: 33%
  • Julho: 21%
  • Agosto a dezembro: 5%

Quando a PEC será aprovada na 1ª votação no plenário da Câmara:

  • Maio: 2%
  • Junho: 39%
  • Julho: 20%
  • Agosto a dezembro: 40%
Guilherme Caetano

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