Fitch rebaixa Americanas (AMER3) novamente em classificação de crédito

A agência de risco Fitch Ratings rebaixou novamente a sua avaliação – os chamados ratings de Inadimplência de Emissor (IDRs) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Moeda Local da Americanas (AMER3). A varejista brasileira caiu de ‘CC’ para ‘C’. O rating de Longo Prazo em Escala Nacional passou de ‘CC(bra)’ para C(bra)’.

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A agência de classificação de risco também rebaixou o rating das notas globais seniores sem garantia emitidas pelas subsidiárias integrais JSM Global e B2W Digital para ‘C’/’RR4’, de ‘CC’/’RR4’, e o rating das debêntures quirografárias da Americanas para ‘C(bra)’, de ‘CC(bra)’.

Segundo a Fitch, o rebaixamento para ‘C’ reflete o anúncio feito pela Americanas de obtenção de medida liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que estabeleceu, entre outras medidas de proteção, a suspensão da exigibilidade de todas as obrigações relacionadas a instrumentos financeiros, como principal e juros da dívida.

“Caso a Americanas anuncie formalmente um plano de reestruturação, os ratings serão rebaixados para ‘RD’ para refletir um default restrito ou ‘D’ se a empresa entrar com pedido de recuperação judicial”, diz o relatório da agência de risco.

BTG é banco mais exposto à crise da Americanas

Analistas do Citi afirmaram que o Bradesco (BBDC4), o BTG Pactual (BPAC11) e o Santander (SANB11) estão entre os bancos com maior exposição à crise desencadeada pela Americanas (AMER3), que revelou um rombo bilionário em seus balanços contábeis na semana anterior.

Em termos nominais, o Bradesco foi o banco que mais emprestou dinheiro à Americanas, com R$ 4,7 bilhões. Enquanto isso, o Santander e o BTG emprestaram R$ 3,7 bilhões e R$ 1,9 bilhões, respectivamente.

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O banco com maior impacto no lucro líquido em função do provisionamento deve ser o Santander. A casa estima que o caso da Americanas deve afetar o resultado do banco em um percentual de 3,3% a 5,6%.

O Bradesco, por sua vez, deverá ser impactado de 2,9% a 4,9% ao passo que o BTG deve ser afetado entre 3,3% e 5,6%.

Isso se dá pelo fato de que a exposição do Bradesco, proporcionalmente, é menor, já que o banco tem 0,5% da sua carteira de crédito vinculada à Americanas.

Segundo o Citi, o BTG e o Santander possuem 1,6% e 0,6%, respectivamente – ou seja, dentre os três o BTG Pactual é o banco que possui a maior exposição, apesar de ter empréstimos nominalmente menores e um impacto no provisionamento menor do que o do Santander.

A exposição proporcionalmente maior do banco de André Esteves faz com que ele seja o mais ferrenho em acertar contas com a varejista na Justiça, conforme reportado pelo Suno Notícias.

A expectativa dos analistas é de que a Americanas faça um acordo com seus credores em até 30 dias, “apesar da relação tensa “.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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