Ibovespa abre em leve alta; vacina contra coronavírus e front exterior no radar

O Ibovespa abriu em leve alta nesta quarta-feira (14), estendendo os ganhos registrados na véspera. Por volta das 10h16, o maior índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) subia 0,07%, para 98.586,26 pontos. No último pregão, o mercado brasileiro se descolou das bolsas internacionais, que fecharam em queda em função da preocupação com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A cotação do Ibovespa pouco foi influenciada pela notícia da paralisação dos testes da vacina contra o coronavírus da Johnson & Johnson, diferentemente das bolsas norte-americanas, que mostraram-se mais receosas. O processo foi interrompido após um dos 60 mil voluntários da terceira e última fase dos testes da vacina ter adoecido por razões ainda desconhecidas.

Segundo as diretrizes da farmacêutica, estudos dessa natureza podem ser paralisados para determinar se o efeito adverso foi provocado pela medicação em si, além de determinar se os testes podem ser retomados. O coronavírus já atingiu 38,2 milhões de pessoas em todo o mundo, vitimando 1,08 milhão.

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Ademais, no cenário externo os investidores analisam os movimentos do governo. O presidente Jair Bolsonaro assinou, na noite da última terça-feira, um decreto que prorroga o programa que autoriza empresas a cortarem ou supenderem a jornada e o salário de colaboradores. A medida foi instituída através de uma Medida Provisória em abril. A prorrogação vale até 31 de dezembro.

Voltando ao front internacional, outro fatos que colabora para a permanente cautela dos mercados é a morosidade na aprovação do novo pacote de estímulos finaceiros nos Estados Unidos. O primeiro pacote, aprovado em maio, foi de US$ 3 trilhões. Na última semana, o presidente Donald Trump chegou a dizer que não discutiria um novo pacote até as eleições presidenciais, em 3 de novembro. Entretanto, o mandatário mudou seu entendimento e apresentou uma proposta de US$ 1,8 trilhão na última sexta-feira (9).

Outro assunto que chama a atenção dos investimentos é o mercado de ações chinês, que ultrapassou a marca de US$ 10 trilhões em valor de mercado pela primeira vez, representando a força das ações de tecnologia e do tamanho doméstico da segunda maior potência econômica do planeta.

A China pode ser a única grande economia do mundo que evitará uma contração de seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo as projeções atualizadas na última terça-feira, a economia chinesa deve crescer 1,9% em 2020, mesmo em meio à pandemia.

Destaques corporativos

O Magazine Luiza (MGLU3) apresentou, na noite da última terça-feira (13), os esclarecimentos em relação as oscilações registradas com as cotações das ações de emissão da companhia, o número de negócios e a quantidade negociada, entre 28 de setembro e 09 de outubro.

O Magalu foi indagado pela B3, por meio de um ofício, no âmbito do Convênio de Cooperação firmado com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa disse que sua administração desconhece “qualquer ato ou fato relevante que não tenha sido divulgado ao mercado ou que não seja de conhecimento público e que possa ter justificado a movimentação atípica”.

A Petrobras (PETR4) anunciou ao mercado a precificação da nova emissão de títulos globais através de sua subsidiária integral Petrobras Global, no volume total de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,56 bilhões), com vencimento em janeiro de 2031.

A companhia afirmou que os “recursos líquidos da venda desses títulos serão utilizados para o pagamento dos títulos validamente entregues e aceitos na oferta de recompra anunciada no dia 13 deste mês e, em caso de excesso, para propósitos corporativos em geral”.

Mercados globais

Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:

  • Nova York (S&P 500) futuro: +0,18%
  • Londres (FTSE 100): -0,31%
  • Frankfurt (DAX 30): +0,02%
  • Paris (CAC 40): -0,07%
  • Milão (FTSE/MIB): +0,58%
  • Hong Kong (Hang Seng): +0,07% (fechada)
  • Xangai (SSE Composite): -0,56% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): +0,11% (fechada)

Última cotação do Ibovespa

Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça-feira com uma alta de 1,04%, a 98.501,281 pontos.

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Jader Lazarini

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