Risco diversificável: conheça quais são os riscos evitáveis

Em finanças, há poucos consensos sobre como é possível ganhar mais dinheiro. Por outro lado, um dos poucos assuntos sobre o qual praticamente todos concordam é que, para diminuir as perdas, é preciso diminuir os riscos. Ou seja, não se deve por todos os ovos na mesma cesta. Por isso, entender o que é risco diversificável é tão importante.

Ter uma carteira diversificada é importante para não concentrar riscos e ficar exposto a um acontecimento que possa gerar muito prejuízo. No entanto, nem tudo é risco diversificável.

Risco diversificável, também chamado de risco não sistemático, é o risco financeiro que é possível diversificar. Isso porque é um risco específico do investimento em si e não um risco do mercado como um todo. Dessa forma, em uma cesta de ativos, haverá riscos diferentes e um pode compensar o outro.

Pela teoria de diversificação, em qualquer ativo que se invista a mais a diversificação é maior. Mesmo que sejam muito parecidos.

Isso porque ao investir nas ações da empresa A e B, mesmo que sejam do mesmo setor, por exemplo, já se diminui o risco de haver algum problema específico com a empresa A. Como problemas operacionais, ou perda de comando, problemas com sucessão ou judiciais etc.

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No entanto, quanto mais se diversifica os tipos de risco, melhor é a diversificação e mais protegido fica o investidor.

Por exemplo, supondo que as empresas A e B acima sejam exportadoras de carne. Em um cenário de queda do dólar e bloqueio à carne brasileira no exterior tanto a empresa A como B seriam prejudicadas.

Por isso, é importante conhecer alguns tipos de riscos ao se fazer um investimento.

Principais riscos diversificáveis

Risco diversificável

Vejamos quais são e a melhor forma de diversificá-los.

  • Risco de mercado: também chamado de risco de volatilidade, é o risco de oscilação de preços dos ativos. Quanto mais volátil é o ativo, maior é o seu risco de mercado. Por exemplo, ações são consideradas ativos voláteis.
    Para diluir esse risco o investidor deve aplicar em classes de ativos diferentes. Por exemplo, investir em ações juntamente com renda fixa.
  • Risco setorial: são os riscos inerentes ao negócio daquele setor. Por exemplo, empresas do setor de petróleo estão sujeitas a variação do preço do petróleo e sua queda resulta em menor receita.
    A recomendação é investir em setores diferentes e se possível com riscos complementares. Por exemplo, investir no setor de serviços e industrial, que possuem lógicas bem diferentes.

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  • Risco de crédito: é importante de se analisar quando investimos em títulos emitidos por empresas. É o risco de não receber o retorno pela aplicação porque o emissor do título não pode pagar.
    A recomendação é ver qual é a nota dada pelas agências de classificação e risco aos títulos e escolher ativos com notas altas, ou seja, com baixo risco de crédito.
    No entanto, empresas com menor risco de crédito pagam menos. Para aumentar o retorno é preciso aumentar o risco, mas é possível diversificá-lo. Investir em vários títulos de dívida é muito menos arriscado do que investir em apenas um. A probabilidade de todas as empresas investidas darem calote é menor que uma só.
  • Risco de liquidez: é o risco de o investidor precisar inesperadamente resgatar investimentos rapidamente e não poder. Ao investir apenas em ativos sem liquidez corre-se o risco e não conseguir capital em um momento que seja necessário.
    A recomendação é investir em ativos com e sem liquidez. Apesar de os ativos com liquidez gerarem menores retornos são essenciais no portfólio para resguardar o investidor em caso de emergência. Por isso, investimentos em imóveis são considerados arriscados nesse sentido, já que podem demorar muito para serem vendidos.

Por fim, percebemos que o risco diversificável é diluído em um portfólio de investimento com grande variedade de ativos.

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Tiago Reis
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1 comentário

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  • Diogo 13 de junho de 2019
    Perfeita a sua explicação. Fácil de entender, simples e didático.Responder