Radar do Mercado: Cemig (CMIG4) – Venda de ativos para focar em redução da dívida

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) comunicou na última sexta-feira (24) que celebrou, na mesma data, um contrato com a American Tower do Brasil – Internet das Coisas e com a Algar Soluções em TIC, visando à alienação dos ativos a ela inservíveis de telecomunicações e a cessão da posição contratual nos contratos associados a esses ativos.

No entanto, segundo informou a estatal mineira, a conclusão das operações de alienação está sujeita à implementação de condições suspensivas conforme definidas no edital do processo, inclusive a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.

“A companhia reitera seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado em geral oportuna e tempestivamente informados, de acordo com a legislação e regulamentação aplicáveis”, destacou a Cemig em seu comunicado.

 

Vale mencionar, no âmbito do comunicado acima relatado feita pela Cemig, que o mesmo se trata da Sessão Pública da licitação presencial visando a alienação dos ativos de telecomunicações a ela inservíveis realizado no início desse mês de agosto, mais precisamente no dia 08.

Segundo o informado pela estatal na ocasião, a proposta econômica vencedora do Lote 1, apresentada pela American Tower do Brasil – Internet das Coisas, foi de R$571 milhões, ou seja, 70,41% superior ao valor mínimo de arrematação definido no edital.

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Já a proposta econômica vencedora do Lote 2, apresentada pela Algar Soluções em TIC, foi de R$77,9 milhões, ou seja, 139,86% superior ao valor mínimo de arrematação definido no edital.

Tais ativos, cabe destacar, chegaram a pertencer à CemigTelecom, que foi incorporada pela estatal mineira em março desse ano,

No negócio fechado, foram vendidos 6.000 km de cabos ópticos em redes metropolitanas e quase 12 mil quilômetros de cabos ópticos de longa distância, localizados em cem cidades de sete Estados – Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Goiás. A venda dos dois lotes teve ágio médio de 76% sobre o preço mínimo, que foi de R$ 367,473 milhões.

Neste sentido, é importante lembrar que tal operação de venda dos ativos citados faz parte de um amplo plano de desinvestimentos da Cemig que almeja reduzir as suas dívidas, que atualmente se encontram em patamares bastante elevados, o que comprova a dificuldade que as companhias estatais historicamente apresentam em operar de maneira eficiente e, com isso, gerar valor para seus acionistas no longo prazo.

Estatais, só de graça, e como não é o caso da Cemig nesse momento, seguimos de fora dessa companhia que se encontra em uma desafiadora situação nesse momento.

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    Tiago Reis
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