Vibra (VBBR3): expectativa otimista para o setor faz banco elevar recomendação; saiba mais

Em relatório, o Santander informou que espera fortes resultados para o setor de distribuição de combustíveis no próximos trimestres e com isso, elevou a recomendação para as ações da Vibra (VBBR3) de neutro para ‘outperform’, equivalente a ‘compra’, ao mesmo tempo em que reiterou classificação outperform na Ultrapar (UGPA3).

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Segundo o Santander, o otimismo com o setor é reflexo de vários ventos favoráveis significativos, como ambiente competitivo mais saudável, com menos importações de diesel russo colocando todas as empresas em igualdade de condições, além de ganhos de estoque no terceiro trimestre de 2023 (3T23), devido ao aumento dos preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR4).

Além disso, o banco acredita que um melhor ambiente competitivo levará à recuperação gradual de participação de mercado pela Vibra e Ipiranga da Ultrapar.

Ao todo, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz esperam margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) acima de R$ 160 por metro cúbico no 3T23 (dos quais R$ 35-40 por metro cúbico estão relacionados a ganhos de estoque), e se manterão em R$ 130-140 por metro cúbico em 2024.

Assim, o Santander reitera que os preços mais elevados dos combustíveis irão pressionar o capital de giro, sublinhando a importância do fornecimento estratégico (por exemplo, utilizando importações para um melhor ciclo de caixa).

Ultrapar: estratégia mais clara sustenta preferência pelo papel, diz Santander

Para o Santander, uma estratégia de holding mais clara e dinâmica da Ultrapar, aliada a um impulso positivo de lucros, sustenta a preferência relativa da instituição pelo papel. A recomendação para as ações da empresa segue outperform, com preço-alvo sendo elevado de R$ 16,50 para R$ 27.

O banco espera que a Ultrapar capture o forte impulso de lucros de curto prazo para distribuição de combustíveis, através da Ipiranga, e distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo), através da Ultragaz, onde acredita que as margens recentes são sustentáveis.

Neste sentido, os analistas acreditam que “a Ultrapar revisou sua estratégia para uma abordagem mais de holding, sendo mais ativa na alocação de capital, com melhor ROIC, além de foco na gestão dos negócios com os executivos mais adequados, mantendo ao mesmo tempo um pipeline de sucessão”.

Na opinião do Santander, o balanço patrimonial da Ultrapar permanece robusto, pois espera que fortes resultados e entradas de caixa de desinvestimentos se traduzam em 1,0 vez dívida/Ebitda no final de 2024, abaixo da meta da administração de 1,5-2,0 vezes, apontando para um dividend yield sólido de aproximadamente 5% para 2024, com risco ascendente devido à baixa alavancagem.

Com relação à avaliação, o banco vê a Ultrapar sendo negociada a quase 11,8 vezes P/L de 2024, um desconto de cerca de 20% e 25% em relação às suas médias históricas de três e cinco anos, respectivamente, enquanto detalhes adicionais sobre iniciativas de crescimento podem ser um catalisador significativo para a ação.

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Santander: Vibra deve se beneficiar de forte impulso no lucro no 2º semestre

O Santander espera que a Vibra se beneficie do forte impulso no lucro no segundo semestre de 2023, enquanto a Comerc poderá se beneficiar da alavancagem do complexo voltaico Hélio Valgas.

A recomendação para as ações da companhia foram elevadas para ‘compra’, com preço-alvo passando de R$ 17,50 para R$ 28.

Do lado financeiro, os analistas esperam um sólido rendimento de fluxo de caixa (FCFY) de 13% e dividend yield de 8% em 2024. “Como resultado, esperamos que a Vibra entre em uma fase de desalavancagem que poderá gerar dividendos melhores do que o esperado pelo consenso em 2024 e 2025″, destacaram.

Diante disso, pontuou o banco, a Vibra está sendo negociada a 7,4 vezes Preço/Lucro para 2024, um desconto de quase 38% em relação à sua média histórica de três anos.

“Apesar da falta de detalhes sobre a estratégia geral – potencialmente a ser anunciada no próximo plano de negócios – o forte impulso de lucros de curto prazo e a história de desalavancagem de médio prazo da Vibra impulsionam a atualização para outperform”, disse o Santander, em relatório.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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