O que fazer com as ações da Vale (VALE3) após queda no lucro do 4T22?

Um dos destaques do pregão desta sexta (17) será o comportamento das ações da Vale (VALE3). Na quinta (16), após o fechamento do mercado, a mineradora divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2022 (4T22), quando teve uma queda de 30,4% no lucro líquido, na comparação com o mesmo período de 2021. E agora, o que fazer com os papéis da companhia?

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Nas casas de análise, o sentimento dos especialistas sobre as ações da Vale é misto. Na XP, existe a recomendação de compra. Na Genial, a recomendação é para que os investidores mantenham os papéis na carteira.

“Sabemos que a tese da Vale está longe de ainda ser uma unanimidade nesse momento. Ao conversamos com investidores institucionais, vemos alguns já se posicionando em operar vendido no papel, outros ainda estão relativamente otimistas com a abertura”, entregam os analistas da Genial Igor Guedes, Ygor Araujo e Renan Rossi.

Enquanto isso, os analistas da XP Andre Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm reforçam que gostam da tese no longo prazo, mas admitem: “No curto prazo, estamos receosos com a discrepância de alta do preço do minério de ferro em relação a outras commodities, principalmente petróleo”.

Além da divulgação dos números, a empresa informou ao mercado que pagará R$ 9,4 bilhões em proventos: R$ 1,3 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP), e R$ 8,1 bilhões em dividendos.

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Vale: Balanço do 4T22

A Vale reportou um lucro líquido de US$ 3,724 bilhões no 4T22, queda de 30,4% sobre igual período de 2021, quando obteve US$ 5,352 bilhões. Segundo os dados do balanço financeiro, no acumulado de 2022, esse indicador alcançou US$ 16,7 bilhões, recuo de 32,3% em relação aos US$ 24,7 bilhões do ano anterior.

“Com o 4T22 se consolidando como um trimestre de leve recuperação de margens tanto na comparação trimestral quanto na anual, acreditamos que a recuperação foi influenciada pela reabertura chinesa e toda a expectativa de consumo atrelado ao final da política de Covid zero”, destacaram os analistas da Genial.

Para o time da XP, os resultados da Vale foram “em linha, sem grandes surpresas”. “Maiores preços realizados de minério de ferro, níquel e cobre, com custos C1 estáveis para o minério de ferro foram os destaques na frente operacional”, prosseguem.

A Vale continua comprometida com a disciplina de capital, com a maior parte de sua geração de caixa retornando aos acionistas.

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De acordo com os analistas, os investidores da Vale devem observar os seguintes temas daqui para frente:

  • riscos do aumento das taxas de royalties no Brasil;
  • até onde (e por quanto tempo) durará a alta do preço de minério de ferro;
  • monetização nas operações de metais básicos;
  • influência da Cosan (CSAN3) na próxima AGO sobre a nova Diretoria a ser eleita;
  • demanda chinesa de aço após o fim dos bloqueios.

Segundo o mapeamento do Status Invest, as ações da Vale fecharam o último pregão em alta de 0,21%, sendo negociadas ao preço de R$ 89,19. Nos últimos doze meses, os papéis se valorizaram 13,59%.

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Erick Matheus Nery

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